sexta-feira, 13 de maio de 2011

Os portuguese foram habituados a não trabalhar!

OS VERDADEIROS FACTOS DA CAMPANHA
Nos últimos dias, a "campanha" eleitoral tem sido constituida por um
rol de "factos" que só servem para distrair os(as) portugueses(as)
daquilo que realmente é essencial. E o que é essencial são os factos.
E os factos são indesmentíveis. Não há argumentos que resistam aos
arrasadores factos que este governo nos lega. E para quem não sabe, e
como demonstro no meu novo livro, os factos que realmente interessam
são os seguintes:


1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos
últimos 90 anos


2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A
dívida pública este ano vai rondar os 100% do PIB


3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas
públicas (mais 25% do PIB nacional)


4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de
euros das PPPs (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos
nosso governantes para fazer obra (auto-estradas, hospitais, etc.)
enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos governos e as
gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito.


5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há
registos). Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa
de desemprego chegou aos 11,1% e continua a aumentar.


6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão
desempregados há mais de 12 meses


7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos.
8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas
exportações


9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em
praticamente todos os indicadores possíveis


10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB.
Hoje é de 230% do PIB


11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é
de quase 110% do PIB


12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do
rendimento disponível


13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB

14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou
indirectamente, ao nosso Estado


15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos

16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE

17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos

18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que
rondaram entre os 8% e os 10% do PIB


19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995,
havia 630 mil. Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os
tribunais por habitante na Europa


20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só
melhor do que o México e a Turquia)


21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo
peso já ultrapassa os 50% do PIB

22) As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares. Há 349
Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25
Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades
Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e
sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais,
6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de
Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos
Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional, 2 Gabinetes
da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas
Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31
Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17
Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos
Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras
Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de
Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades
Inter-Municipais.

22) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado
omnipresente e despesista, embora já se cortaram salários, já se
subiram impostos, já se reduziram pensões e já se impuseram vários
pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado tem ficado imune à
austeridade


Isto não é política. São factos. Factos que andámos a negar durante
anos até chegarmos a esta lamentável situação. Ora, se tomarmos em
linha de conta estes factos, interessa perguntar: como é que foi
possível chegar a esta situação? O que é que aconteceu entre 1995 e
2011 para termos passado termos de "bom aluno" da UE a um exemplo que
toda a gente quer evitar? O que é que ocorreu entre 1995 e 2011 para
termos transformado tanto o nosso país? Quem conduziu o país quase à
insolvência? Quem nada fez para contrariar o excessivo endividamento
do país? Quem contribuiu de sobremaneira para o mesmo endividamento
com obras públicas de rentabilidade muito duvidosa? Quem fomentou o
endividamento com um despesismo atroz? Quem tentou (e tenta) encobrir
a triste realidade económica do país com manobras de propaganda e com
manipulações de factos? As respostas a estas questões são fáceis de
dar, ou, pelo menos, deviam ser. Só não vê quem não quer mesmo ver.

A verdade é que estes factos são obviamente arrasadores e
indesmentíveis. Factos irrefutáveis. Factos que, por isso, deviam ser
repetidos até à exaustão até que todos nós nos consciencializássemos
da gravidade da situação actual.Estes é que deviam ser os verdadeiros
factos da campanha eleitoral. As distracções dos últimos dias só
servem para desviar as atenções daquilo que é realmente importante.

Posted by Alvaro Santos Pereira

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