domingo, 30 de janeiro de 2011

Redução de vencimentos

Redução de vencimentos Um texto lúcido do Prof. Luís Menezes Leitão, da Faculdade de Direito de Lisboa, a fazer furor na blogoesfera....Data: Wed, 12 Jan 2011

"Fico perfeitamente siderado quando vejo constitucionalistas a dizer que não há qualquer problema constitucional em decretar uma redução de salários na função pública.

Obviamente que o facto de muitos dos visados por essa medida ficarem insolventes e, como se viu na Roménia, até ocorrerem suicídios, é apenas um pormenor sem importância.
De facto, nessa perspectiva a Constituição tudo permite.
É perfeitamente constitucional confiscar sem indemnização os rendimentos das pessoas.
É igualmente constitucional o Estado decretar unilateralmente a extinção das suas obrigações apenas em relação a alguns dos seus credores, escolhendo naturalmente os mais frágeis.
E finalmente é constitucional que as necessidades financeiras do Estado sejam cobertas aumentando os encargos apenas sobre uma categoria de cidadãos.
Tudo isto é de uma constitucionalidade cristalina.
Resta acrescentar apenas que provavelmente se estará a falar, não da Constituição Portuguesa, mas da Constituição da Coreia do Norte.
É por isso que neste momento tenho vontade de recordar Marcello Caetano, não apenas o último Presidente do Conselho do Estado Novo, mas também o prestigiado fundador da escola de Direito Público de Lisboa.
No seu Manual de Direito Administrativo, II, 1980, p. 759, deixou escrito que uma redução de vencimentos "importaria para o funcionário uma degradação ou baixa de posto que só se concebe como grave sanção penal".
Bem pode assim a Constituição de 1976 proclamar no seu preâmbulo que "o Movimento das Forças Armadas [...) derrubou o regime fascista".
Na perspectiva de alguns constitucionalistas, acabou por consagrar um regime constitucional que permite livremente atentar contra os direitos das pessoas de uma forma que repugnaria até ao último Presidente do Estado Novo.
Diz o povo que "atrás de mim virá quem de mim bom fará". Se no sítio onde estiver, Marcello Caetano pudesse olhar para o estado a que deixaram chegar o regime constitucional que o substituiu, não deixaria de rir a bom rir com a situação."

"Perderei a minha utilidade no dia em que abafar a voz da consciência em mim"
Mahatma Gandhi

Cumprimentos
Luiz Pinto

Grito de alma

Armanda Zenhas| 2010-07-14
A minha profissão está a perder alma. A escola está a perder alma. Eu estou a perder
alma. Cada novo diploma legal (e são tantos) acrescenta mais um tanto de burocracia
à profissão, com o argumento do rigor.
Escolhi a minha profissão. Escolhi ser professora. E escolhi assim porque encontrei
alma nesta profissão, na relação com os alunos, na relação com as famílias e também
na relação com os outros professores. Olhar para cada criança ou jovem como um ser
único e estabelecer com ela(e) uma relação que vai para além do vocabulário e das
estruturas gramaticais do Inglês que ensino, mas que é fundamental para a sua
aprendizagem. Ser procurada pelos alunos, particularmente nos seus momentos maus,
nos seus problemas, relacionados ou não com a escola, quando se conquistou a
confiança deles. Ajudá-los a resolver os problemas quando é possível, ouvi-los, pelo
menos, quando mais não se pode fazer.
Estabelecer uma relação com as famílias como directora de turma. Conhecer, assim,
melhor, cada aluno, e conquistar a confiança e criar laços com os pais, fazendo com
que haja clima para analisar os problemas dos seus educandos e encontrar estratégias
de resolução em que a família, os alunos e os professores entrem, cada um de acordo
com as suas responsabilidades e o seu papel. Atendimentos, reuniões de pais e alunos,
projectos desenvolvidos para além do horário, da remuneração e do reconhecimento
de quem não as/os vive(u), nas horas de alma e com alma. Fazer de cada turma uma
família com alunos, mas também com pais e professores, em que a escola é, de facto,
uma segunda casa, não apenas nem sobretudo pela quantidade de tempo que se lá
passa, mas pela sua qualidade.
Ser professor é ter uma profissão eminentemente relacional, que se constrói na
vivência da relação. Não estou a esquecer-me da necessidade do conhecimento
científico do professor e da necessidade de ele saber trabalhar esse conhecimento do
ponto de vista pedagógico, para que os alunos possam aprender. Estou apenas e tãosó
a salientar a importância da dimensão humana e relacional do processo de ensinoaprendizagem
e, consequentemente, da profissão docente.
A minha profissão está a perder alma. A escola está a perder alma. Eu estou a perder
alma. Cada novo diploma legal (e são tantos) acrescenta mais um tanto de burocracia
à profissão, com o argumento do rigor. São fichas e papéis para tudo e... para nada:
para as faltas dos alunos, contadas das mais diversas formas e nos mais variados
Armanda Zenhas
Psicológica de Professores, pela Universidade do Minho. É licenciada em
Línguas e Literaturas Modernas, nas variantes de Estudos Portugueses e
Ingleses e de Estudos Ingleses e Alemães, e concluiu o curso do Magistério
Primário (Porto). É PQND do 3.º grupo da Escola EB 2,3 de Leça da Palmeira
e autora de livros na área da educação. É também mãe de dois filhos.
Mestre em Educação, área de especialização em Formação
documentos; para informar os pais sobre tudo e mais alguma coisa, com prazos
reduzidíssimos; para justificar cada negativa que se dá; para fazer planos de
recuperação de cada negativa que se dá; para tomar medidas disciplinares; para as
justificar; para...; para...; para... São reuniões atrás de reuniões para tratar de mais
burocracias, em que o tempo é sempre mais longo do que o previsto (mas não
remunerado) e os assuntos que verdadeiramente interessam, aqueles que têm alma, já
não têm tempo de ser abordados. Convencemos os pais dos alunos de que devem
passar tempo com os seus filhos, após a escola, e nela permanecemos nós, depois do
horário das aulas, em reuniões sem fim, com os filhos à espera, na ama, sozinhos em
casa, ou com alguém que não nós. Tudo isto, sem que tenha diminuído o número das
outras tarefas. Essas, aquelas em que eu encontro alma, vão perdendo espaço e valor.
Entra-se numa sala de professores e só se ouve: "Já não tenho tempo para preparar
aulas como gostava. Agora, reutilizo as coisas que fui fazendo ao longo dos anos.",
"Já não consigo tempo para ir às livrarias e nem sequer para ler.", "Não consigo nem
um bocadinho para pesquisar na net coisas novas.", "Não tenho tempo para a família
e nem para mim." E logo depois, também se ouve: "Não foi para isto que vim para
professor." Olha-se à volta e vêem-se colegas de profissão, um pouco mais velhos,
sempre dedicados ao trabalho, de corpo e alma, respeitados na escola e a ela fazendo
imensa falta, calculando o que perdem com uma reforma antecipada. Querem ir
embora enquanto a burocracia não lhes rói a alma e acabam por o fazer, de lágrimas
nos olhos, enquanto muitos outros já partiram mesmo.
Por mim, tenho vindo a procurar não perder a alma, aguentando o tal trabalho
relacional, invisível, não reconhecido nem remunerado, acumulando-o com o
obrigatório, cada vez mais burocrático. Também eu penso, digo e repito cada uma das
frases que ouço aos outros. E, por incrível que pareça, até já me apanhei a pensar
"Quem me dera ser mais velha!". Na verdade, nunca me quis imaginar na reforma,
como muitos destes dedicados professores também não. Mas entre a alma/saúde
mental e esta burocratização crescente da escola, então há que salvar o principal. Vejo
os meus colegas partirem ou preparem-se para a partida. Quando tal acontecia, em
tempos não muito remotos, todos se sentiam nostálgicos e a partida era discreta. Hoje
há efusivos parabéns a quem conseguiu e uma inveja (mal) calada de quem tem que
ficar.
Estas palavras são as lágrimas que não choro e que transcrevo para a solidão do papel
para que ajudem a fortalecer uma alma-professora que luta por si própria, pela sua
sobrevivência, e pela escola-alma com verdadeira alma, mesmo alma.
http://www.educare.pt/educare/Opiniao.Artigo.aspx?
contentid=4CA5C2DE5F3245AFE04400144F16FAAE&opsel=2&channelid
in educare

Texto de um azulejo em Toledo

 O POBRE TRABALHA
 O RICO EXPLORA-O
 O SOLDADO DEFENDE OS DOIS
 O CONTRIBUINTE PAGA PELOS TRÊS
 O VAGABUNDO DESCANSA PELOS QUATRO
 O BÊBADO BEBE PELOS CINCO
 O BANQUEIRO "ESFOLA" OS SEIS
 O ADVOGADO ENGANA OS SETE
 O MÉDICO MATA OS OITO
 O COVEIRO ENTERRA OS NOVE
 O POLÍTICO VIVE DOS DEZ

Foi duplamente incoerente Cavaco Silva

O meu dever é falar, para não
ser tomado por cúmplice
Por Santana CastilhoFoi duplamente incoerente o apelo ao
respeito e à valorização dos professores que
 fez em Paredes de Coura
"Que patifes, as pessoas honestas" é uma citação atribuída ao escritor francês Émile
Zola, que me revisita sempre que vejo os políticos justificarem com o manto diáfano da
legalidade comportamentos que a ética e a moral rejeitam. E é ainda Zola que volta
quando a incoerência desperta o meu desejo de falar, para não ser tomado por
cúmplice.
Foi duplamente incoerente o apelo ao respeito e à valorização dos professores que
Cavaco Silva fez há dias em Paredes de Coura. Incoerente quando confrontado com o
passado recente e incoerente face ao que tem acontecido no decurso da própria
campanha eleitoral. Em 2008 e 2009, os professores foram continuamente vexados
sem que o Presidente da República usasse a decantada magistratura de influência para
temperar o destempero. E foi directa e repetidas vezes solicitado a fazê-lo. Por omissão
e acção suportou e promoveu políticas que desvalorizaram e desrespeitaram como
nunca os professores e promulgou sem titubear legislação injusta e perniciosa para a
educação dos jovens portugueses. Alguma ridícula e imprópria de um país civilizado,
como aqui denunciei em artigo de 11.9.06. Já em plena campanha, Cavaco Silva disse
num dia que jamais o viram ou veriam intrometer-se no que só ao Governo competia
para, dias volvidos, aí intervir, com uma contundência surpreendente, a propósito dos
cortes impostos ao ensino privado. Mas voltou a esconder-se atrás do silêncio
conivente, agora que é a escola pública o alvo de acometidas sem critério e os
professores voltam a ser tratados, aos milhares, como simples trastes descartáveis.
Imaginemos que o modelo surreal para avaliar professores se estendia a outras
profissões da esfera pública. Que diria Cavaco Silva? Teríamos, por exemplo, juízes
relatores a assistirem a três julgamentos por ano de juízes não relatores, com
verificação de todos os passos processuais conducentes à sentença e análise
detalhada do acórdão que a suportou. Teríamos médicos relatores a assistirem a três
consultas por ano dos médicos de família não relatores; a verificarem todos os
diagnósticos, todas as estratégias terapêuticas e todas as prescrições feitas a todos os
doentes. Imaginemos que os juízes teriam que estabelecer, ano após ano, objectivos,
tipo: número de arguidos a julgar, percentagem a condenar e contingente a inocentar. O
mesmo para os médicos: doentes a ver, a declarar não doentes, a tratar directamente
ou a enviar para outras especialidades, devidamente seriadas e previstas antes do
decurso das observações clínicas. Imaginemos que o retorno ao crime por parte dos
criminosos já julgados penalizaria os juízes; que a morte dos pacientes penalizaria os
médicos, mesmo que a doença não tivesse cura. Imaginemos, ainda, que o modelo se
mantinha o mesmo para os juízes dos tribunais cíveis, criminais, fiscais ou de família e
indistinto para os otorrinolaringologistas, neurologistas ou ortopedistas. Imaginemos,
agora, que um psiquiatra podia ser o relator e observador para fins classificativos do

estomatologista ou do cirurgião cardíaco. Imaginemos, por fim, que os prémios
prometidos para os melhores assim encontrados estavam suspensos por falta de meios
e as progressões nas respectivas carreiras congeladas. Imaginemos que toda esta
loucura kafkiana deixava milhares de doentes por curar (missão dos médicos) e muitos
cidadãos por julgar (missão dos juízes). A sociedade revoltava-se e os profissionais não
cumpririam. Mas este modelo, aplicado aos professores, está a deixá-los sem tempo
para ensinar os alunos (missão dos professores), com a complacência de parte da
sociedade e o aplauso de outra parte. E os professores cumprem. E Cavaco Silva
sempre calou.
Ultrapassámos os limites do tolerável e do suportável. Ontem, o estudo acompanhado e
a área-projecto eram indispensáveis e causa de sucesso. Hoje acabaram. Ontem,
exigiram-se às escolas planos de acção. Hoje ordenam que os atirem ao lixo. Ontem
Sócrates elogiou os directores. Hoje reduz-lhe o salário e esfrangalha-lhes as equipas e
os propósitos com que se candidataram e foram eleitos. Ontem puseram dois
professores nas aulas de EVT em nome da segurança e da pedagogia activa. Hoje
dizem que tais conceitos são impróprios. Ontem sacralizava-se a escola a tempo inteiro.
Hoje assinam o óbito do desporto escolar e exterminam as actividades
extracurriculares. Ontem criaram a Parque Escolar para banquetear clientelas e
desorçamentar 3 mil milhões de euros de dívidas. Hoje deixaram as escolas sem
dinheiro para manter o luxo pacóvio das construções ou sequer pagar as rendas aos
novos senhores feudais. Ontem pagaram a formação de milhares de professores. Hoje
despedem-nos sem critério, igualmente aos milhares.
Os portugueses politicamente mais esclarecidos poderão divergir na especialidade, mas
certamente acordarão na generalidade: os 36 anos da escola democrática são
marcados pela permanente instabilidade e pelo infeliz desconcerto político sobre o que
é verdadeiramente importante num sistema de ensino. Durante estes 36 anos vivemos
em constante cortejo de reformas e mudanças, ao sabor dos improvisos de dezenas de
ministros, quando deveríamos ter sido capazes de estabelecer um pacto mínimo
nacional de entendimento acerca do que é estruturante e incontornável para formar
cidadãos livres. Sobre tudo isto, o silêncio de Cavaco Silva é preocupante e obviamente
cúmplice.

 Professor do ensino superior. (s.castilho@netcabo.pt)

Manuel de Arriaga

 Não deixou descendentes...
          

Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos.
O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa

A Ministra da Educação quer um Ensino igual ao finlandês? Nós... também!

 A Ministra nunca se terá percebido a importância dos "pequenos" pormenores
que a seguir se descrevem! então necessita  recorrer a um professor para lhe  dar uma explicação! (E.G.)




Para quem continua a brincar às escolas...

A ministra quer o ensino português igual ao finlandês?! 
Nós também!!...  É só corrigir estes pequenos pormenores...

A propósito do sistema de Ensino da Finlândia, veja, Senhora Ministra, se consegue perceber as 9 diferenças:
1. Na Finlândia as turmas têm 12 alunos;

2. Na Finlândia há auxiliares de accção educativa acompanhando constantemente os professores e educandos;
3. Na Finlândia, os pais são estimulados a educar as crianças no intuito de respeitarem a Escola e os Professores;
4. Na Filândia os professores têm tempo para preparar aulas e são profissionais altamente respeitados.
5. Na Finlândia as aulas terminam às 3 da tarde e os alunos vão para casa brincar, estudar, usufruir do seu tempo livre;
6. Na Finlândia o ensino é totalmente gratuito inclusivamente os LIVROS, CADERNOS E OUTRO MATERIAL ESCOLAR;
7. Na Finlândia todas as turmas QUE TÊM ALUNOS com necessidades educativas especiais, têm na sala de aula um professor especializado a acompanhar o aluno que necessita de apoio;
8 . Na Finlândia não há professores avaliadores, professores avaliados nem Inspectores.!!!!!
9. Na Finlândia não há professores de primeira e de segunda;
Conseguiu perceber as diferenças???
REENCAMINHA

O Hospital da Luz exigiu 2000€

 Internamento urgente em hospitais privados

Tomem nota! É importante!
Para ler e divulgar!

 a uma pessoa para ser internada de urgência!
 

SAÚDE: Lei Sobre o Depósito de Valores nas Clínicas Privadas, Antes do Internamento.
Foi publicada no DIÁRIO DA REPÚBLICA em 09/01/02, a Lei nº 3359 de 07/01/02, que dispõe:
Art.1° - Fica proibida a exigência de depósito de qualquer natureza, para possibilitar internamento de doentes em situação de urgência e emergência, em hospitais da rede privada.
Art 2° - Comprovada a exigência do depósito, o hospital será obrigado a devolver em dobro o valor depositado, ao responsável pelo internamento.
Art 3° - Ficam os hospitais da rede privada obrigados a dar possibilidade de acesso aos utentes e a afixarem em local visível a presente lei.
Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.



Não deixe de reenviar aos seus amigos, parentes e conhecidos.
Uma lei como esta, que deveria ser divulgada, está praticamente escondida da população!
E isso vem desde 2002. Estamos em 2010...!


Atenção: Isto é mesmo para encaminhar, encaminhar, encaminhar..., até esgotar os endereços.

Baptista Bastos sobre Cavaco

Baptista Bastos sobre Cavaco

Texto muito bem escrito e bem esclarecido.

> «O dr. Cavaco consumiu vinte minutos, no Centro Cultural de Belém, a
> esclarecer os portugueses que não havia português como ele. Os
> portugueses, diminuídos com a presunção e esmagados pela soberba,
> escutaram a criatura de olhos arregalados. Elogio em boca própria é
> vitupério, mas o dr. Cavaco ignora essa verdade axiomática, como,
> aliás, ignora um número quase infindável de coisas.
>
> O discurso, além de tolo, era um arrazoado de banalidades, redigido
> num idioma de eguariço. São conhecidas as amargas dificuldades que
> aquele senhor demonstra em expressar-se com exactidão. Mas, desta vez,
> o assunto atingiu as raias da nossa indignação. Segundo ele de si
> próprio diz, tem sido um estadista exemplar, repleto de êxitos
> políticos e de realizações ímpares. E acrescentou que, moralmente, é
> inatacável.
>
> O passado dele não o recomenda. Infelizmente. Foi um dos piores
> primeiros-ministros, depois do 25 de Abril. Recebeu, de Bruxelas,
> oceanos de dinheiro e esbanjou-os nas futilidades de regime que,
> habitualmente, são para "encher o olho" e cuja utilidade é duvidosa.
> Preferiu o betão ao desenvolvimento harmonioso do nosso estrato
> educacional; desprezou a memória colectiva como projecto ideológico,
> nisso associando-se ao ideário da senhora Tatcher e do senhor Regan;
> incentivou, desbragadamente, o culto da juventude pela juventude,
> característica das doutrinas fascistas; crispou a sociedade portuguesa
> com uma cultura de espeque e atrabiliária e, não o esqueçamos nunca,
> recusou a pensão de sangue à viúva de Salgueiro Maia, um dos mais
> abnegados heróis de Abril, atribuindo outras a agentes da PIDE, "por
> serviços relevantes à pátria." A lista de anomalias é medonha.
>
> Como Presidente é um homem indeciso, cheio de fragilidades e de
> ressentimentos, com a ausência de grandeza exigida pela função. O
> caso, sinistro, das "escutas a Belém" é um dos episódios mais vis da
> história da II República. Sobre o caso escrevi, no Negócios, o que
> tinha de escrever. Mas não esqueço o manobrismo nem a desvergonha,
> minimizados por uma Imprensa minada por simpatizantes de jornalismos e
> por estipendiados inquietantes. Em qualquer país do mundo, seriamente
> democrático, o dr. Cavaco teria sido corrido a sete pés.
>
> O lastro de opróbrio, de fiasco e de humilhação que tem deixado atrás
> de si, chega para acreditar que as forças que o sustentam, a
> manipulação a que os cidadãos têm sido sujeitos, é da ordem da mancha
> histórica. E os panegíricos que lhe tecem são ultrajantes para aqueles
> que o antecederam em Belém e ferem a nossa elementar decência.
>
> É este homem de poucas qualidades que, no Centro Cultural de Belém,
> teve o descoco de se apresentar como símbolo de virtudes e sinónimo de
> impolutabilidade. É este homem, que as circunstâncias determinadas
> pelas torções da História alisaram um caminho sem pedras e empurraram
> para um destino que não merece - é este homem sem jeito de estar com
> as mãos, de sorriso hediondo e de embaraços múltiplos, que quer, pela
> segunda vez, ser Presidente da nossa República. Triste República, nas
> mãos de gente que a não ama, que a não desenvolve, que a não resguarda
> e a não protege!
>
> Estamos a assistir ao fim de muitas esperanças, de muitos sonhos
> acalentados, e à traição imposta a gerações de homens e de mulheres. É
> gente deste jaez e estilo que corrói os alicerces intelectuais,
> políticos e morais de uma democracia que, cada vez mais, existe,
> apenas, na superfície. O estado a que chegámos é, substancialmente, da
> responsabilidade deste cavalheiro e de outros como ele.
>
> Como é possível que, estando o País de pantanas, o homem que se
> apresenta como candidato ao mais alto emprego do Estado, não tenha,
> nem agora nem antes, actuado com o poder de que dispõe? Como é
> possível? Há outros problemas que se põem: foi o dr. Cavaco que
> escreveu o discurso? Se foi, a sua conhecida mediocridade pode ser
> atenuante. Se não foi, há alguém, em Belém, que o quer tramar.
>
> Um amigo meu, fundador de PSD, antigo companheiro de Sá Carneiro e
> leitor omnívoro de literatura de todos os géneros e projecções, que me
> dizia: "Como é que você quer que isto se endireite se o dr. Cavaco e a
> maioria dos políticos no activo diz 'competividade' em vez de
> 'competitividade' e julga que o Padre António Vieira é um pároco de
> qualquer igreja?"
>
> Pessoalmente, não quero nada. Mas desejava, ardentemente desejava, ter
> um Presidente da República que, pelo menos, soubesse quantos cantos
> tem "Os Lusíadas."»
 [Jornal de Negócios<http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=451255>]

A INÚTIL PROFESSORA

A INÚTIL"(professora) escreveu a Miguel Sousa Tavares.....

UMAS BOAS BOFETADAS SEM MÃOS A QUEM PENSA QUE PODE DIZER TUDO




 
A INÚTIL"(professora) escreveu a Miguel Sousa Tavares.....

Vale a pena ler, muito bem respondido.
'A inútil' escreveu assim a Miguel de Sousa Tavares :


Sobre os Professores
É do conhecimento público que o senhor Miguel de Sousa Tavares considerou 'os professores os inúteis mais bem pagos deste país.' Espantar-me-ia uma afirmação tão generalista e imoral, não conhecesse já outras afirmações que não diferem muito desta, quer na forma, quer na índole. Não lhe parece que há inúteis, que fazem coisas inúteis e escrevem coisas inúteis, que são pagos a peso de ouro? Não lhe parece que deveria ter dirigido as suas aberrações a gente que, neste deprimente país, tem mais do que uma sinecura e assim enche os bolsos? Não será esse o seu caso? O que escreveu é um atentado à cultura portuguesa, à educação e aos seus intervenientes, alunos e professores. Alunos e professores de ontem e de hoje, porque eu já fui aluna, logo de 'inúteis', como o senhor também terá sido. Ou pensa hoje de forma diferente para estar de acordo com o sistema?

O senhor tem filhos? - a minha ignorância a este respeito deve-se ao facto de não ser muito dada a ler revistas cor-de-rosa. Se os tem, e se estudam, teve, por acaso, a frontalidade de encarar os seus professores e dizer-lhes que 'são os inúteis mais bem pagos do país.'? Não me parece... Estudam os seus filhos em escolas públicas ou privadas? É que a coisa muda de figura! Há escolas privadas onde se pagam substancialmente as notas dos alunos, que os professores 'inúteis' são obrigados a atribuir. A alarvidade que escreveu, além de ser insultuosa, revela muita ignorância em relação à educação e ao ensino. E, quem é ignorante, não deve julgar sem conhecimento de causa. Sei que é escritor, porém nunca li qualquer livro seu, por isso não emito julgamentos sobre aquilo que desconheço. Entende ou quer que a professora explique de novo?
Sou professora de Português com imenso prazer. Oxalá nunca nenhuma das suas obras venha a integrar os programas da disciplina, pois acredito que nenhum dos 'inúteis' a que se referiu a leccionasse com prazer. Com prazer e paixão tenho leccionado, ao longo dos meus vinte e sete anos de serviço, a obra de sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andersen, que reverencio. O senhor é a prova inequívoca que nem sempre uma sã e bela árvore dá são e belo fruto. Tenho dificuldade em interiorizar que tenha sido ela quem o ensinou a escrever. A sua ilustre mãe era uma humanista convicta. Que pena não ter interiorizado essa lição! A lição do humanismo que não julga sem provas! Já visitou, por acaso, alguma escola pública? Já se deu ao trabalho de ler, com atenção, o documento sobre a avaliação dos professores? Não, claro que não. É mais cómodo fazer afirmações bombásticas, que agitem, no mau sentido, a opinião pública, para assim se auto-publicitar.
Sei que, num jornal desportivo, escreve, de vez em quando, umas crónicas e que defende muito bem o seu clube. Alguma vez lhe ocorreu, quando o seu clube perde, com clubes da terceira divisão, escrever que 'os jogadores de futebol são os inúteis mais bem pagos do país.'? Alguma vez lhe ocorreu escrever que há dirigentes desportivos que 'são os inúteis' mais protegidos do país? Presumo que não, e não tenho qualquer dúvida de que deve entender mais de futebol do que de Educação. Alguma vez lhe ocorreu escrever que os advogados 'são os inúteis mais bem pagos do país'? Ou os políticos? Não, acredito que não, embora também não tenha dúvidas de que deve estar mais familiarizado com essas áreas. Não tenho nada contra os jogadores de futebol, nada contra os dirigentes desportivos, nada contra os advogados.
Porque não são eles que me impedem de exercer, com dignidade, a minha profissão. Tenho sim contra os políticos arrogantes, prepotentes, desumanos e inúteis, que querem fazer da educação o caixote do  (falso) sucesso para posterior envio para a Europa e para o mundo. Tenho contra pseudo-jornalistas, como o senhor, que são, juntamente com os políticos, 'os inúteis mais bem pagos do país', que se arvoram em salvadores da pátria, quando o que lhes interessa é o seu próprio umbigo.

Assim sendo, Sr. Miguel de Sousa Tavares, informe-se, que a informaçãozinha é bem necessária antes de 'escrevinhar' alarvices sobre quem dá a este país, além de grandes lições nas aulas, a alunos que são a razão de ser do professor, lições de democracia ao país. Mas o senhor não entende! Para si, democracia deve ser estar do lado de quem convém.
Por isso, não posso deixar de lhe transmitir uma mensagem com que termina um texto da sua sábia mãe:
'Perdoai-lhes, Senhor Porque eles sabem o que fazem.'


Ana Maria Gomes
Escola Secundária de Barcelos
 REENVIO OBRIGATÓRIO.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Carlos Castro

Carlos Castro

Passo conforme recebi porque concordo totalmente.


Carlos Castro

INFORMOU QUEM SABE DO ASSUNTO ,
          MAIS JAMAIS DIREI A FONTE  !




 

>
> Há um ditado popular que diz: " mais vale prevenir que remediar"
>
> E isto porquê???
>
> Porque a partir de sábado vamos ter de ter nervos de aço.
>
> O país vai ser avassalado pelo fenómeno Carlos Castro, que Deus tenha
> a sua alma em paz.
>
> Então... preparem-se!!!! Porque eu, já estou a antever o cenário.
>
> Parece que as suas cinzas afinal irão ser espalhadas pelo nosso país
> em acções certamente mediáticas!
>
> Aí hão-de vir as galas repetidas, com de certeza retratos gigantes do
> homem em pano de fundo, vamos ter de aturar as figuras públicas do
> costume e ainda os bicharocos Herman José, Goucha, a Maya, a Fátima
> Lopes a Júlia Pinheiro ( os tais desenvergonhados que ganham 50 000
> Euros / mês e o povo (burro e ignorante) vê em vez de boicotar os shows deles
> na tv e impedir, desta forma que ganhassem audiência, e  tudo o mais  que está ligado ao mundo da homosexualidade e
> da bisbilhotice / intriga.
>
> E ainda vamos ter direito a  ver alguns políticos, os quais
> agradecerão aos céus, haver um acontecimento como este que mantenha ao
> menos o povo entretido e longe da revolta interior que vem crescendo
> dia após dia.
>
>
> Mas afinal quem era Carlos Castro??
>
>
> Um homem que era um jornalista que vivia à custa da bisbilhotice da
> vida alheia, no pântano lisboeta, um homosexual que fomentou as
> práticas homosexuais nos nossos jovens. Aqui no Porto foi responsável
> pela abertura de um antro de homosexualidade chamado Boyz are Us, na
> Cordoaria, onde jovens a partir dos 15 anos são incitados ás práticas
> homosexuais, numa discoteca decadente, onde curiosamente a ASAE ou a
> PJ nunca fizeram razias, nem controle de identidades ou busca de
> menores.
>
> Foi um jornalista que destruiu muita gente com os seus comentários
> venenosos da vida alheia, um homem que poderá ter desviado um rapaz de
> 20 anos para Nova Iorque, com falsas promessas de fama e
> deslumbramento.
>
> Um homem responsável pelas galas dos travestis e de outras bicharocas.
> Um devasso!
>
> Um idoso depravado, cuja falta não faz mesmo falta à Nação!
>
> Este tipo de indivíduos e seu séquito são como o bolor, instalam-se em
> tudo o que é sítio e senão arejarmos o País multiplicam-se, que é o
> que está a acontecer.
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> Façam uma pesquisa aos meios da moda, modelos, meios do cinema,
> escolas de cinema e de artes
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> O panorama é desolador!
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> Só jovens bichas, promovidos por indivíduos como este.
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> Carlos Castro ao menos pode descansar em paz, pois a sua obra deu frutos!
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> As gerações mais novas estão a ficar uma " cambada de paneleiros "
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> Preparem-se pois, para os próprios capítulos da novela " O meu nome é
> Carlos Castro, o novo herói de Portugal"
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> E o povo gosta
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