quinta-feira, 29 de novembro de 2012


E DE UM DOENTE ESTRANGEIRO RESIDENTE EM PORTUGAL...Assunto: TESTEMUNHO DE UM MÉDICO!Carlos Manuel Costa Almeida <http://www.facebook.com/c.m.costa.almeida>«I WOULD BE DEAD NOW»
ou o SNS português e os nossos hospitais

JS, sexo masculino, raça caucasiana, de 66 anos de idade, cidadão britânico a viver em Portugal há cinco anos, nascido e anteriormente residente em Inglaterra, teve um acidente vascular cerebral. Foi atendido no local e transportado de imediato pelo INEM para o Serviço de Urgência do Hospital dos Covões, em Coimbra (agora do CHUC), hospital central de referência da sua área de residência. Deu entrada seguindo a Via Verde dos AVCs, foi observado, tratado, internado, evoluiu bem, teve alta. No estudo da circulação carótido-vertebral feito por ecodoppler foi detectada uma estenose significativa da carótida esquerda, que a angioTAC confirmou com indicação para intervenção, na sequência dum acidente vascular a que se atribuiu natureza isquémica. Por isso foi enviado à minha consulta.Veio com a esposa, ambos simpáticos, cultos, educados, britânicamente contidos, falando em inglês entremeado ocasionalmente com algumas palavras, muito poucas, em português com um sotaque típico. Disse-lhe que precisava de ser operado, e perguntei-lhe se para isso não preferiria ir a Inglaterra. Respondeu-me, naturalmente em inglês: "Doutor, eu tive um AVC e ao fim de meia hora estava a ser tratado - tratado, veja bem - neste hospital. No meu país isso não seria possível! Por isso é aqui que quero continuar a ser tratado. É neste hospital que eu quero ser operado."
E foi. Fez-se-lhe endarterectomia carotídea esquerda, sem intercorrências ou complicações, esteve internado quatro dias. Voltou passado um mês, em consulta de controlo pós-operatório. Sempre acompanhado pela esposa, sem sequelas evidentes de AVC, bem dispostos os dois. Exibe a cicatriz cervical, "You did a great job here" - afirma. Prescrevo o clopidogrel, conversamos, conversa rápida de consultório, o tempo (claro, ou não fosse ele inglês!), a política europeia, a crise, o euro. Levantamo-nos, depois de me despedir da esposa estendo-lhe a mão. Aperta-ma com a sua e diz, com alguma tremura no porte fleumaticamente britânico: "You know, if I lived in my country I would be dead now. Portugal saved my life. Obrigado."
Podem crer que no momento fiquei emocionado. Disfarcei o melhor que pude, acompanhei-os à porta do gabinete. É destes momentos - pessoais, como este, ou apenas conhecidos através de outros - que se constrói o enorme prazer de ter a nossa profissão. Basta o sentimento íntimo de ter feito um bom trabalho, e que acabou bem, frequentemente reconhecido por colegas e, às vezes, se calhar não muitas, pelos doentes. Mas este caso teve um sabor muito especial, porque foi a opinião de um paciente estrangeiro esclarecido, que não fala por ouvir dizer, com possibilidade de estabelecer comparações e de escolher, e que deu fortemente preferência ao nosso Serviço Nacional de Saúde e aos nossos hospitais.Um SNS sob ataque de há vários anos para cá, em processo de descaracterização, de restruturação que parece uma desestruturação, de redução, e eliminação. Um SNS que trabalhava bem. Aquele doente inglês, ao pôr frontalmente em causa o National Health Service, fala obviamente do NHS de agora, depois da governação da Mrs. Thatcher. Depois das restruturações, descaracterizações, fusões e eliminações que sofreu, muito na senda do que tem vindo a ser feito por cá. Não do NHS que serviu de exemplo ao Mundo, e até deu o nome ao nosso. É claro que o nome manteve-se, o serviço também, mas não são nada do que eram, e os doentes sabem disso. Continua a haver grandes médicos e óptimas instituições médicas na Grã-Bretanha, mas já não são o NHS que costumava ser. E todo o esquema de assistência se ressentiu disso, agora que nos Serviços médicos dos hospitais públicos por lá há pessoal administrativo que toma parte em decisões que deveriam ser puramente clínicas. A minha emoção ao ouvir o desabafo do paciente inglês tratado em Portugal, deveu-se também à pena de termos entre nós algo de bom durante tanto tempo e os nossos doentes tantas vezes não o apreciarem devidamente, e estarmos se calhar a resvalar no sentido de a perder.
Mudar por mudar, não. Em equipa que ganha não se mexe, diz o povo e o bom senso. Em momentos de crise há frequentemente a fraqueza, por parte dos dirigentes menos esclarecidos, de mudar para ver o que é que dá, sem o discernimento de atender ao que está bem e assim o manter. É claro que mais tarde ou mais cedo virá a exigência de responsabilidades, e a exposição pública do mal que foi feito e de quem o fez, mas em geral tarde demais para o corrigir. E Portugal não pode dar-se ao luxo de deixar destruir o pouco que dentro de si funciona bem. A Saúde é um exemplo disso, e um exemplo para o estrangeiro, e matéria em que não se deve querer copiar o que vem de fora.

Carlos Costa Almeida

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Na prisão também pode comer e beber à conta...????!!!!?!?



TODOS OS PORTUGUESES DEVERIAM VER ESTE VIDEO E REVER VÁRIAS VEZES... ISTO FUNCIONARIA SEGURAMENTE MELHOR...
PASSEM A TODA A GENTE PARA QUE HAJA CONHECIMENTO DISTO... PODE SER QUE SIRVA DE EXEMPLO...

http://www.youtube.com/embed/lNt7zc6ouco"

Ísto e muito mais

Verdizela, 2012/06/24

Exmº Senhor Primeiro-Ministro de Portugal

LISBOA

Exmº Snr:

Tenho 74 anos, sou reformado (descontei para a reforma durante 41 anos apesar de ter trabalhado durante 48) e esperava acabar os meus dias com a tranquilidade que uma vida de trabalho honesto justificava, mas tal está a mostrar-se impossível e daí a razão desta “carta aberta”.
Não, não lhe escrevo para lhe dizer que me mentiu, como mentiu a todos os portugueses, já estou (estamos) habituado à falta de verticalidade daqueles que aparecem nas campanhas eleitorais a prometer o céu para chegados ao poleiro nos transportarem ao inferno, também não lhe escrevo para lhe dizer que sou um dos que, em nome da salvação da Pátria e dos sacrifícios para todos, foi espoliado dos subsídios de férias e Natal, nem ao menos para lhe dizer que o curriculum de V/Exª não justificaria mais do que ser presidente do clube lá do bairro e muito menos para lhe dizer que o falar grosso não representa autoridade e competência, pode, isso sim, ser disfarce de autoritarismo e incompetência…

Porquê então esta carta?

Ignoro as muitas razões que tenho para lhe manifestar o meu protesto e fixo-me apenas numa palavra: VERGONHA.

Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem comunicou, com ar pungente, aos reformados, aos funcionários públicos e ainda a alguns trabalhadores de empresas com alguma ligação ao estado que lhes ia retirar os subsídios de férias e Natal por ganharem a exorbitância de algo mais de 1100 € e em contrapartida nomeia para o seu governo centenas de adjuntos, conselheiros, especialistas com ordenados três ou quatro vezes superiores e direito aos subsídios que aos outros retirou, tem um pingo de vergonha?

Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem fala na necessidade dos sacrifícios serem repartidos por todos os portugueses e requisita para os gabinetes ministeriais funcionários públicos com aumentos de vencimentos mensais de centenas, quando não milhares de euros e direito aos subsídios de férias e Natal, tem alguma vergonha?

Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem disse aos que depois de terem trabalhado durante dez, vinte ou trinta anos perderam o emprego que isso era uma nova oportunidade, tem qualquer tipo de vergonha?


Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem disse aos jovens do nosso país, talvez a geração mais bem preparada de sempre, para procurarem no estrangeiro o pão que Portugal lhes nega, tem réstia de vergonha?

Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem trocou os direitos dos portugueses pela caridadezinha das refeições nas escolas para os filhos famintos de Portugal e pelas cantinas sociais, tem vergonha na cara?

Acha o Senhor Primeiro-Ministro que com, ar ridiculamente cândido de menino do coro ou chefe de quina da mocidade portuguesa com a bandeira na lapela, aparece a falar aos portugueses, num discurso que eu julgava enterrado em 25 de Abril, com frases enfáticas que em português corrente podemos traduzir como: Morre de fome hoje que amanhã tens comida, sente alguma vergonha do que diz?

Eu respondo Senhor Primeiro-Ministro.

Eu tenho vergonha Sr Primeiro-Ministro

Eu tenho vergonha de o ter como Primeiro-Ministro do meu país.

Embora no Alentejo, onde nasci, o cumprimento seja devido a todas as pessoas (os velhos da minha meninice chamavam-lhe “salvação”) não posso, por coerência ainda que com mágoa, cumprimentar V/Exa.


José Nogueira Pardal

A pilhagem da riqueza dos países pelos grandes bancos e corporações internacionais, o Banco Mundial, o FMI e o BCE - O caso português

1ª parte - Dívidas soberanas e programas de "resgate" (I)Por Vasco Moura Esteves


 (Dou início hoje, a um excelente e completo estudo sobre a pilhagem da riqueza dos países pelos grandes bancos  e corporações internacionais, da autoria de Vasco Moura Esteves. Este estudo é composto por várias partes, mas dado a sua extensão, tomei a liberdade de dividir esta 1ª parte em três)


Os grandes bancos e corporações internacionais mais as instituições Banco Mundial, FMI e BCE, que estão ao seu serviço, têm uma estratégia de pilhagem da riqueza dos países que é concretizada, principalmente, através da criação de dívidas soberanas (dívidas dos estados) impagáveis.

A partir de certo momento os estados extremamente endividados não conseguem mais obter nos mercados de financiamento o dinheiro necessário para pagar os seus compromissos financeiros. Nos últimos anos, este processo tem sido acelerado através da subida das taxas de financimento dos países manipulada de forma concertada pelas agências de notação financeira Moody's, Standard & Poor's e Fitch (que são controladas pelos grandes bancos e corporações internacionais) e pelos investidores dos mercados financeiros (que são dominados pelos grandes bancos e corporações internacionais). Os casos da Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália são paradigmáticos.

É nessa altura que os estados super endividados são obrigados a pedir empréstimos ao FMI e aos seus associados (BCE - Banco Central Europeu, FED - Federal Reserve System, etc.) pois estas são as únicas entidades dispostas a emprestar mais dinheiro para os estados poderem pagar os seus encargos financeiros apenas de curto/médio prazo.

Contudo, os empréstimos só são disponibilizados por essas entidades quando os estados (o governo e os partidos políticos do arco de governação) se comprometem a executar um programa financeiro-económico-social (Memorando de Entendimento) definido e imposto por essas entidades, sob a justificação de que tal programa é necessário para permitir o saneamento das finanças públicas desses países.

Esta "ajuda" (há quem lhe chame "resgate") trata-se na realidade de um ataque disfarçado à soberania desses países e de conquista, controlo e pilhagem dos seus recursos (materiais, financeiros e laborais), como se verá a seguir.





Os estados tutelados (com perda de soberania) pelo FMI/Troika têm que cumprir, entre as várias medidas do programa de "assistência", a privatização ou concessão aos "investidores do mercado" (os grandes bancos e corporações internacionais) de todo o património público dos respectivos países que possa ser lucrativo.

Por exemplo, no caso português:

  a) Os transportes aéreos (TAP - Transportes Aéreos Portugueses  e  ANA - Aeroportos de Portugal);  b) Os transportes ferroviários (CP - Comboios de Portugal  e em estudo a REFER - Rede Ferroviária Nacional);  c) Os transportes rodoviários (Carris e STCP) - apenas as carreiras rentáveis;  d) Os metropolitanos (Metro de Lisboa e talvez do Porto);  e) A electricidade (EDP - Electricidade de Portugal  e  REN - Redes Energéticas Nacionais);  f) A água (Águas de Portugal);  g) O gás e outros combustíveis (GALP);  h) As comunicações e telecomunicações (Portugal Telecom  e  CTT - Correios de Portugal);  i) A comunicação social (RTP - Rádio e Televisão de Portugal (Televisão Pública, Antena 1, 2 e 3) e LUSA - Agência de Notícias de Portugal);  j) Campos petrolíferos e de gás natural (o primeiro campo a ser explorado é Aljubarrota-3 [1]); k) Minérios (em pouco mais de um ano de Governo já foram assinados cerca de 78 contratos mineiros com o "capital estrangeiro" [2])       O actual sistema de ‘royalties’ (direitos de concessão) de exploração dos minérios é pouco vantajoso para o Estado, logo, é muito vantajoso para as empresas concessionárias.

Os estados tutelados ao serem obrigados a vender/concessionar todo o património público que possa ser lucrativo perdem fontes de rendimento que poderiam ser utilizados no saneamento das finanças públicas, tornando deste modo os estados mais pobres e, portanto, mais dependentes de futuras "ajudas" do FMI/Troika!





Em paralelo com a aquisição de empresas públicas que possam ser rentáveis, o programa de "assistência/ajuda" do FMI/Troika impõe directa ou indirectamente as seguintes situações para aumentar os lucros dos investidores internacionais (os grandes bancos e corporações internacionais):

a) As privatizações são feitas a preços inferiores ao valor real das empresas devido ao facto destas vendas serem forçadas. Além disso, para ajudar a baixar ainda mais o preço de venda das empresas, as agências de notação financeira Moody's, Standard & Poor's e Fitch (controladas pelos grandes bancos e corporações internacionais) têm piorado sucessivamente a notação destas empresas. Este negócio de privatização a preços de saldo é obviamente prejudicial para o interesse público;
b) As privatizações têm como alvo, principalmente, as empresas públicas que constituem um monopólio na sua área de intervenção, garantindo assim aos futuros donos privados um mercado sem concorrência;
c) O aumento exigido do preço ao consumidor dos serviços a privatizar (electricidade, gás, água, transportes, etc.) serve para garantir que as empresas a privatizar possam vir a dar lucro;
d) A diminuição generalizada dos salários provocada por:        - cortes nos salários,        - medidas administrativas de contenção das actualizações salariais face à inflação,        - diminuição das indemnizações por despedimento,        - corte do subsídio de Natal, numa 1ª fase de 50% a todos os trabalhadores em 2011, como balão de ensaio para o corte permanente,        - corte dos subsídios de férias e de Natal, numa 1ª fase a todos os trabalhadores da função pública em 2012, 2013, ...?, como exemplo a seguir pelo sector privado - A Comissão Europeia sugeriu a eliminação definitiva destes direitos [3],       - tentativa (falhada, por enquanto) de aumento do horário laboral em meia-hora sem aumento proporcional do salário,
        - eliminação de feriados,
        - eliminação de dias/períodos de tolerância de ponto,
        - aumento brutal do desemprego (ver nota 2),
        - diminuição para metade no valor de retribuição das horas extraordinárias,
        - o "incentivo" maquiavélico para a empregabilidade dos desempregados (ver nota 3),
       - sub-contratação de profissionais da saúde (médicos, enfermeiros e nutricionistas) ao menor preço,
     - tentativa gorada de transferência de parte da TSU paga pelas empresas para os ombros dos trabalhadores (que passariam a pagar 18%), que seria equivalente à diminuição de um salário em cada ano,
       - tentativa gorada de corte em 10% no subsídio de desemprego mínimo e no subsídio social de desemprego.    
Estas medidas garantem maiores lucros futuros às empresas como resultado da diminuição dos custos de produção associados aos salários;

e) A redução progressiva do acesso dos cidadãos ao Serviço Nacional de Saúde serve para criar oportunidades de negócio para as empresas privadas do ramo (prestação de cuidados de saúde) e seguradoras;
f) A redução progressiva dos benefícios da Segurança Social aos cidadãos serve para criar oportunidades de negócio para as empresas privadas do ramo (seguradoras e fundos de investimento internacionais), pois ao obrigar os cidadãos a procurarem apoios sociais futuros (para a reforma, doença, desemprego, gravidez, pós-parto, abono de família, funeral, pensões de invalidez, de velhice, etc.) nas empresas privadas, estas ficarão com as poupanças dos cidadãos à sua disposição para a especulação financeira sem responsabilidade. Veja-se o que aconteceu nos EUA: desde 2008 até à data as pensões desvalorizaram-se em cerca de 50%, sem que os cidadãos possam reclamar os 50% perdidos, porque as leis estão feitas para proteger os especuladores;
g) A implementação de políticas económicas fortemente recessivas (ou seja, que asfixiam a economia do país), através de cortes no investimento do Estado na economia, da sobrecarga fiscal obscena dos cidadãos e das empresas (23% na restauração) e da contracção do consumo interno, são destinadas a provocar a destruição do tecido produtivo do país. O  objectivo destas políticas é o de criar uma legião de desempregados e de empresários falidos num deserto empresarial, criando assim condições para a instalação posterior dos grandes bancos e corporações internacionais no país, sem qualquer concorrência e com salários miseráveis;
i) A execução de cortes brutais na Educação para destruir todo o sector público da Educação, com vista a criar oportunidades de negócio para as escolas e universidades privadas e para os bancos que irão emprestar dinheiro aos estudantes que queiram frequentar o ensino superior. Veja-se o que aconteceu nos EUA: Os finalistas do ensino superior estão endividados para o resto da vida;
 j) A redução significativa das Forças Armadas Portuguesas com o objectivo de desarmar o país, de modo que Portugal não se possa defender no caso de tentar recuperar a sua independência financeira e em consequência disso sofrer uma invasão militar;
k) O controlo total da comunicação social dos países nas mãos dos privados (grandes corporações internacionais) facilitará futuras pilhagens sem que os cidadãos se apercebam da situação. Para isso é necessário acabar com o serviço público de televisão, rádio e notícias (no caso português RTP e LUSA). Têm sido óbvias as manobras do governo nesse sentido (tentativa de concessionar a uma empresa privada o serviço público de televisão e rádio e o estrangulamento financeiro da LUSA retirando-lhe 20% do seu orçamento);
l) O controlo total das comunicações dos países (em especial a Internet) nas mãos dos privados (grandes corporações internacionais) juntamente com controlo total da comunicação social permitirá às grandes corporações internacionais o controlo total da informação a que os cidadãos terão acesso. A título de exemplo, veja-se o caso de França, onde Sarkosy conseguiu a aprovação de uma lei que permite às empresas fornecedoras de acesso à Internet a capacidade de cortar o acesso à Internet a qualquer cidadão ou entidade colectiva com base em denúncias de "downloads ilegais", sem ser necessária uma ordem judicial para o efeito (ver nota 4). Outros exemplos mais recentes são o SOPA [4], o PIPA [4], o ACTA [5], o CISPA [6] e o TPP [7].
m) A colocação de homens de confiança e ao serviço dos grandes bancos e corporações internacionais nas estruturas governativas dos países ajudados (ou melhor, saqueados) para garantir a implementação das medidas previstas no Memorando de Entendimento (forçado) e até, se possível, ir mais além do Memorando. É o que tem estado a acontecer com o governo português que tem ido e tentado ir para além do que exige a Troika. Vejamos dois exemplos de homens ao serviço dos grandes bancos e corporações internacionais nas estruturas governativas de Portugal:
     - Carlos Moedas (homem do Banco Goldman Sachs) é Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro para o poder orientar e controlar.
     - António Borges (ex Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Goldman Sachs International, em Londres e ex-Director do Departamento Europeu do FMI, na altura em que foi imposto a Portugal aceitar o acordo com a Troika). Após a privatização da EDP e a sua entrega aos chineses, António Borges foi transferido do FMI para Portugal para coordenar (controlar) as privatizações. Nesta posição, António Borges poderá garantir que as futuras empresas públicas a privatizar só irão parar às mãos dos grandes bancos e corporações internacionais, via qualquer empresa ocidental que seja controlada por eles. A segunda missão de António Borges consiste em orientar ideologicamente o Primeiro-Ministro Passos Coelho, de perto, e lançar para a opinião pública ideias ultra-liberais quer directamente (entrevistas onde defendeu a baixa generalizada dos salários e a concessão do serviço público de televisão a privados sem risco no negócio) quer indirectamente via Passos Coelho e alguns ministros (transferência de parte da TSU paga pelas empresas para os ombros dos trabalhadores, redução do subsídio mínimo de desemprego e do subsídio social de desemprego, etc.) para aferir o grau de resistência da sociedade portuguesa a medidas radicais de saque. Caso as medidas sofram grande contestação o governo propõe a seguir, como alternativa, medidas menos gravosas contando com a sua aceitação fruto da reacção esperada "do mal o menos".

Nota 1 - É muito importante ter a noção de que, desde há vários anos, as empresas privadas "portuguesas", que operam nas áreas das privatizações, têm vindo a ser compradas pelo chamado investimento estrangeiro (grandes bancos e corporações internacionais), graças à globalização e, em particular, à livre circulação de capitais imposta a todos os países. Portanto, quando se fala de privatizar um serviço público (por ex. a RTP) ou uma empresa pública (Águas de Portugal) e entregá-los a empresas "portuguesas", a maior parte das vezes trata-se de empresas que no passado foram de capital 100% português, mas que agora são de capital maioritariamente estrangeiro.
Nota 2 - Quando o desemprego aumenta muito, os desempregados em desespero aceitam trabalhar por qualquer salário. Assim, através de uma política de despedimento dos empregados mais onerosos para a empresas e da subsequente contratação de desempregados desesperados, torna-se muito fácil baixar significativamente os salários de todas as profissões.
Nota 3 -  O "incentivo" maquiavélico para a empregabilidade dos desempregados, que está em vigor, consiste na possibilidade legal de um desempregado poder decidir aceitar um emprego onde receberá um salário inferior ao valor do subsídio de desemprego que tem estado a receber, podendo acumular o subsídio de desemprego com o salário do novo emprego durante 3 meses e de acumular 50% do subsídio de desemprego com o salário do novo emprego durante os 3 meses seguintes. Após 6 meses no novo emprego receberá apenas o salário (inferior ao subsídio de desemprego a que tinha direito e muito inferior ao salário anterior que lhe deu direito ao referido subsídio de desemprego). Se nos dias/meses seguintes o sujeito ficar desempregado novamente já só terá direito a um subsídio de desemprego bastante menor que o anterior por ser calculado com base no último salário o qual será necessariamente bastante inferior ao salário anterior, tendo em conta a forma de cálculo do subsídio de desemprego. Com a "cenoura" grande nos 3 primeiros meses e com a "cenoura" pequena nos 3 meses seguintes, o governo pensa conseguir baixar muitos salários, contando com a "burrice" do desempregado e a "esperteza" de muitos empresários que trocarão (despedirão) trabalhadores com salários mais altos por trabalhadores "burros" mais baratos.
Nota 4 - A lei de Sarkosy é justificada oficialmente pela necessidade de defender os direitos de autor e impedir as cópias piratas via Internet. Porém, em termos práticos, quando o utilizador da Internet transfere um ficheiro digital (contendo uma música, uma fotografia, um livro, uma apresentação de PowerPoint , um vídeo do YouTube, etc. ) por qualquer via (downloads, messenger, e-mail, aplicações específicas, etc.), a maior parte das vezes, não sabe nem pode saber se o conteúdo está protegido por direitos de autor, ou se o pagamento do download cobre os direitos de autor. Quem disponibiliza na Internet ficheiros digitais para venda ou para partilha é que sabe se os seus conteúdos estão sujeitos ou não a direitos de autor. Portanto, não é o consumidor final dos ficheiros digitais quem é responsável pela pirataria. Assim, torna-se claro, que o objectivo final e encoberto da lei de Sarkosy é o de permitir o corte discricionário do acesso à Internet aos cidadãos ou às entidades colectivas "perigosos(as)" para o sistema.

o cartel

* (Esta carta foi direccionada ao banco BES, porém devido à criatividade
com que foi redigida, deveria ser direccionada a todas as instituições
financeiras.)*

     Exmos. Senhores Administradores do BES
Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena
taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. Rua, ou pela
existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de
qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria desta forma: todos os senhores e todos os usuários pagariam uma
pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico,
tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito
extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os
proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta
qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer outro produto
adquirido (um pão, um remédio, uns litro de combustível, etc.) o usuário
pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente
acima do preço de mercado.

Que tal?
Pois, ontem saí do BES com a certeza que os senhores concordariam com tais
taxas. Por uma questão de equidade e honestidade. A minha certeza deriva de
um raciocínio simples.

*Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão.
O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de
embrulhar ou ensacar o pão, assim como todo e qualquer outro serviço. Além
disso impõe-se taxas de. Uma 'taxa de acesso ao pão', outra 'taxa por
guardar pão quente' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com
muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.*

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que
ocorreu comigo no meu Banco.

*Financiei um carro, ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os
senhores cobram-me preços de mercado, assim como o padeiro cobra-me o preço
de mercado pelo pão.*

*Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem
cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.*

*Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobram-me uma 'taxa
de abertura de crédito'-equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao
pão', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar*


Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui
obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse
possível, *os senhores cobram-me uma  'taxa de abertura de conta'.*

*Como só é possível fazer negócios  com os senhores depois de abrir uma
conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de
abertura de padaria', pois só é possível fazer negócios com o padeiro,
depois de abrir a padaria.*

Antigamente os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como
'Papagaios'. Para gerir o 'papagaio', alguns gerentes sem escrúpulos
cobravam 'por fora', o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco
resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos. Agora, ao contrário de
'por fora' temos muitos 'por dentro'.

*Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores
cobram-me uma taxa de 1 EUR. Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de
5 EUR 'para manutenção da conta' - semelhante àquela 'taxa de existência da
padaria na esquina da rua'.*

*A surpresa não acabou. Descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre -
uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu
utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo.
Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quente'.*

*Mas os senhores são insaciáveis.*
*A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde
sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu
fizer.*

*Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os
senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive
nas instalações de v/. Banco.*

*Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um
financiamento ou se vendi a alma?*

Depois de eu pagar as taxas correspondentes talvez os senhores me respondam
informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é
muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande,
que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito
elevados, etc., etc., etc. *e que apesar de lamentarem muito e de nada
poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto pela lei,
regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal.* Sei disso, como sei
também que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de
todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta
com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.

*Sei que são legais, mas também sei que são imorais. Por mais que  estejam
protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia
vai* * acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma. *

terça-feira, 20 de novembro de 2012



Adeus império financeiro suiço!? 


A MAIOR LAVANDARIA DE DINHEIRO DO MUNDO AMEAÇA FALIR !


 A MAIOR LAVANDARIA DE DINHEIRO DO MUNDO AMEAÇA FALIR!

A Suíça estremece.Zurique alarma-se.Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna estão ofegantes.Poderia dizer-se que eles estão assistindo na penumbra a uma morte ou estão velando um moribundo.Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, é o segredo bancário suíço.O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama.
 O primeiro tiro de advertência foi dado na quarta-feira.A UBS - União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela ajudados para defraudar o fisco.O banco protestou, mas os americanos ameaçaram retirar a sua licença nos Estados Unidos.Os suíços, então, passaram os nomes.E a vida bancária foi retomada tranquilamente.
 Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado.Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS forneça o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais!
 O banco protestou.A Suíça está temerosa.O partido de extrema-direita, UDC (União Democrática do Centro), que detém um terço das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que o segredo bancário seja inscrito e ancorado pela Constituição federal.Mas como resistir?
 A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois é nesse país que aufere um terço dos seus benefícios.Um dos pilares da Suíça está sendo sacudido.O segredo bancário suíço não é coisa recente.
 Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já existisse desde 1714.No início do século 19, o escritor francês Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revoluções nos Estados que os rodeavam, os suíços enriqueceram à custa da desgraça alheia e fundaram os bancos em cima das calamidades humanas.Acabar com o segredo bancário será uma catástrofe económica.
 Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, uma falência da União de Bancos Suíços custaria 300 biliões de francos suíços.E não se trata apenas do UBS.Toda a rede bancária do país funciona da mesma maneira.O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia a imoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados no segredo bancário, fazem frutificar três triliões de dólares de fortunas privadas estrangeiras, sendo que os activos estrangeiros chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamente minoritários.
 Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça no conjunto dos mercados financeiros offshore" do mundo, bem à frente de Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente.Na Suíça, um pequeno país de 8 milhões de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos.O manejo do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um carácter sacramental.Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todos actos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavra deve macular e realizam-se em silêncio e recolhimento...
 Onde param as fortunas recolhidas pela Alemanha Nazi?Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobutu do Zaire, Eduardo dos Santos de Angola, dos Barões da droga Colombiana, Papa-Doc do Haiti, de Mugabe do Zimbabwe e da Máfia Russa?Quantos actuais e ex-governantes, presidentes, ministros, reis e outros instalados no poder, até em cargos mais
discretos como Presidentes de Municípios têm chorudas contas na Suíça?

Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando os titulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, estas tornam-se impossíveis de alcançar pelos legítimos herdeiros ou pelos países que indevidamente espoliaram?
 Porquê após a morte de Mobutu, os seus filhos nunca conseguiram entrar na Suíça?Tudo lá ficou para sempre e em segredo...Agora surge um outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.Na mini cúpula europeia que se realizou em Berlim, (em preparação ao encontro do G-20 em Londres), França, Alemanha e Inglaterra (o que foi inesperado)  chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísos fiscais.
 "Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperação internacional", vociferou a chanceler Angela Merkel.No domingo, o encarregado do departamento do Tesouro britânico Alistair Darling, apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias europeias.Vale observar, contudo, que a Suíça não foi convidada para participar do G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adoptadas contra os paraísos fiscais.


Há muito tempo se deseja o fim do segredo bancário. Mas até agora, em razão da prosperidade económica mundial, todas as tentativas eram abortadas.
 Hoje, estamos em crise.Viva a crise!!!
 É preciso acrescentar que os Estados Unidos têm muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves no país.
 Nos anos 30, os americanos conseguiram caçar Al Capone.Sob que pretexto?Fraude fiscal !!!
 Para muito breve, a queda do império financeiro suíço!»
Não sei quem é Carlos paz mas já recebi trâs vezes, esta carta que anda por ai de mail em mail.


Carta publicada no Facebook, por Carlos Paz                                
Meu caro Ilustre Prof. CAVACO SILVA,
Tomo a liberdade de me dirigir a V. Exa., através deste meio [o Facebook],  uma vez que o Senhor toma a liberdade de se dirigir a mim da mesma forma.
É, aliás, a única maneira que tem utilizado para conversar comigo (ou com qualquer dos outros Portugueses, quer tenham ou não, sido seus eleitores).

Falando de eleitores, começo por recordar a V. Exa., que nunca votei em si, para nenhum dos cargos que o Senhor tem ocupado, praticamente de forma consecutiva, nos últimos 30 anos em Portugal (Ministro das Finanças, Primeiro Ministro, Primeiro Ministro, Primeiro Ministro, Presidente da
República, Presidente da República).

No entanto, apesar de nunca ter votado em si, reconheço que o Senhor:
1) Se candidatou de livre e espontânea vontade, não tendo sido para isso coagido de qualquer forma e
    foi eleito pela maioria dos eleitores que se dignaram a comparecer no acto eleitoral;
2) Tomou posse, uma vez mais, de livre vontade, numa cerimónia que foi PAGA POR MIM (e por todos
    os outros que AINDA TINHAM, nessa altura, a boa ventura de ter um emprego para pagar os seus
    impostos);
3) RESIDE NUMA CASA QUE É PAGA POR MIM (e por todos os outros que AINDA TÊM a boa ventura de
    ter um emprego para pagar os seus impostos);
4) TEM TODAS AS SUAS DESPESAS CORRENTES PAGAS POR MIM (e pelos mesmos);
5) TEM TRÊS REFORMAS CUMULATIVAS (duas suas e uma da Exma. Sra. D. Maria) que são PAGAS por
    um sistema previdencial que é alimentado POR MIM (e pelos mesmos);
6) Quando, finalmente, resolver retirar-se da vida política activa, vai ter uma QUARTA REFORMA
    (pomposamente designada por subvenção vitalícia) que será PAGA POR MIM (e por todos os outros
    que, nessa altura, AINDA TIVEREM a boa ventura de ter um emprego para pagar os seus impostos).

Neste contexto, é uma verdade absoluta que o Senhor VIVE À MINHA CUSTA (bem  como toda a sua família directa e indirecta).
Mais: TEM VIVIDO À MINHA CUSTA quase TODA A SUA VIDA.
E, não me conteste já, lembrando que algures na sua vida profissional:
a) Trabalhou para o Banco de Portugal;
b) Deu aulas na Universidade.

Ambos sabemos que NADA DISSO É VERDADE.
BANCO DE PORTUGAL: O Senhor recebia o ordenado do Banco de Portugal, mas fugia de lá, invariavelmente com gripe, de cada vez que era preciso trabalhar. Principalmente, se bem se lembra (eu lembro-me bem), aquando das primeiras visitas do FMI no início dos anos 80, em que o Senhor se fingiu doente para que a sua imagem como futuro político não ficasse manchada pela associação ao processo de austeridade da época. Ainda hoje a Teresa não percebe como é que o pomposamente designado chefe do gabinete de estudos NUNCA esteve disponível para o FMI (ao longo de MUITOS meses. Grande gripe essa).
Foi aliás esse movimento que lhe permitiu, CONTINUANDO A RECEBER UM ORDENADO PAGO POR MIM (e sem se dignar sequer a passar por lá), preparar o ataque palaciano à Liderança do PSD, que o levou com uma grande dose de intriga e traição aos seus, aos vários lugares que tem vindo a ocupar (GASTANDO O MEU DINHEIRO).
AULAS NA UNIVERSIDADE: O Senhor recebia o ordenado da Universidade (PAGO POR MIM). Isso é verdade. Quanto ao ter sido Professor, a história, como sabe melhor que ninguém, está muito mal contada. O Senhor constava dos quadros da Universidade, mas nunca por lá aparecia, excepto para RECEBER O ORDENADO, PAGO POR MIM. O escândalo era de tal forma que até o nosso comum conhecido JOÃO DE DEUS PINHEIRO, como Reitor, já não tinha qualquer hipótese de tapar as suas TRAPALHADAS. É verdade que o Senhor depois o acabou por o presentear com um lugar de Ministro dos Negócios Estrangeiros, para o qual o João tinha imensa apetência, mas nenhuma competência ou preparação.
Fica assim claro que o Senhor, de facto, NUNCA trabalhou, poucas vezes se  dignou a aparecer nos locais onde recebia o ORDENADO PAGO POR MIM e devotou toda a vida à sua causa pessoal: triunfar na política.
Mas, fica também claro, que o Senhor AINDA VIVE À MINHA CUSTA e, mais ainda, vai, para sempre, CONTINUAR A VIVER À MINHA CUSTA.
Sou, assim, sua ENTIDADE PATRONAL.
Neste contexto, eu e todos os outros que O SUSTENTÁMOS TODA A VIDA, temos o direito de o chamar à responsabilidade:
a) Se não é capaz de mais nada de relevante, então: DEMITA-SE e desapareça;
b) Se se sente capaz de fazer alguma coisa, então: DEMITA O GOVERNO;
c) Se tiver uma réstia de vergonha na cara, então: DEMITA O GOVERNO e, a seguir, DEMITA-SE.

Aproveito para lhe enviar, em nome da sua entidade patronal (eu e os outros
PAGADORES DE IMPOSTOS), votos de um bom fim de semana.

Respeitosamente

sábado, 17 de novembro de 2012

O POVO VIVEU ACIMA DAS SUAS POSSIBILIDADES ???

Não me fecundem... porque fodido ando eu!Zé do Tijolo resolveu fazer uma vivenda . Com as poupanças de uma vida de trabalho e uns dinheiritos que recebeu da herança dos seus sogros satisfez o sonho compartilhado com a mulher.Pagou 23 % de IVA sobre os materiais , pagou as certidões das Finanças e da Conservatória , pagou o Imposto de Transacções , pagou o imposto de selo , pagou a Escritura e respectivo registo, pagou a ligação da água e da electricidade , pagou à Câmara as licenças, etc. etc. etc.Apesar de ter perdido tanto tempo para pagar todos estes impostos ao Estado e de ter de pagar ainda durante toda a vida uma renda chamada IMI ,ficou de sorriso rasgado ao olhar para a sua bela casinha. O seu esforço , os muitos sacríficios e privações tinham valido a pena : tinha um teto a que podia chamar seu...Qual não é o seu espanto quando houve um comentador de economia na TV, sujeito engravatado e bem falante, dizer o seguinte :- o país está nesta grave crise porque os portugueses gastaram demais , construíram demasiadas moradias, por isso os sacrifícios impostos pela Troika , blá, blá, blá... Zé do Tijolo sentiu-se um Zé do Calhau ! Sempre tinha pensado que tinha feito a sua casinha com o seu próprio dinheiro e nem um tostão tinha pedido ao Estado ! Era tão idiota , tão imbecil que chegara mesmo a pensar , dada a enorme panóplia de impostos que tinha liquidado ao Estado, que esse mesmo Estado devia estar agradecido pela sua contribuição.Este importante catedrático de economia veio-lhe abrir os olhos. Afinal o dinheiro que tinha penosamente poupado ao longo da vida não era seu...nem o dinheiro da herançazita ...porque se fosse realmente seu como poderia ser responsável pela crise do país ? Zé do Tijolo sentiu uma enorme vergonha e remorso por ter feito o imóbil e ter dado trabalho e dinheiro a ganhar a tantas artes, provocando , segundo a tal sumidade catedrática , a bancarrota do seu país adorado.O sorriso rasgado do Zé do Tijolo transformou-se num esgar : era ladrão... tinha roubado a pátria lusa e vivido acima das suas possibilidades...!?!?O Manel Fangio vestiu-se com primor . Pegou no filho de 18 meses ao colo e acompanhado da mulher dirigiu-se ao Stand no centro da cidade. Ia ansioso e não via a hora de sentar o seu fiofó naquele sonhado Renault Clio prateado . Deu um longo suspiro de satisfação. Não mais teria que conduzir a velha e ruidosa motorizada , com a proa empinada pelo peso dos nadegueiros roliços da companheira grávida , obrigando-o a um equilibrismo de artista circense. O pior era o inverno , chuva e gelo , quando tinha de levar e trazer o rebento do infantário . Cortava-lhe o coração sujeitar o filho a tais condições e tremia de medo só de imaginar um acidente, que andava sempre à espreita . Águas passadas : agora tinha um popó que poderia chamar seu. Bem , não era mesmo seu porque pedira emprestado ao banco uma parte do dinheiro e só após 48 prestações mensais poderia ficar registado como sua propriedade.Manel Fangio , assinou ansioso os documentos : o ISV , o IVA , o IUC , o seguro e o registo provisório...Agora era rodar a chave , parar na estação se serviço e abastecer de combustível . Ufa ! Achou caro : o funcionário argumentou que sobre o preço do litro incidia um imposto para o Estado de 58 %, repartido pelo ISP e IVA.Bem...não havia nada a fazer : era pagar e "não bufar" porque se bufasse estava sujeito a acelerar a evaporação do precioso líquido. Apanhou a SCUT e escutou nos pórticos um piar . Não , não era o chilrear de uma ave a repousar do vôo. Era a electrónica a zelar pelo erário público...Enfim, chegou a casa. Ligou a "caixa que mudou o mundo" e escuta o perorar papagueado de um anafado comentador político , que dizia :- o país está na bancarrota porque o povo viveu acima das suas possibilidades reais , compraram-se muitas viaturas , agora é preciso pagar a factura e aceitar a austeridade , blá , blá , blá...Manel Fangio escorregou do sofá . Tinha, de facto , pedido dinheiro ao banco para pagar o automóvel , tinha pago do seu bolso todos os impostos inerentes ao Estado , nunca lhe passou pela "cachimónia" ,nem se lembrava, de ter pedido dinheiro ao dito Estado para comprar o veículo !!! Como poderia ser responsável pela crise do país ?Bem...este lustroso político , licenciado em economia ainda muito jovem , com apenas 37 anos , possuidor de uma retórica invejável não podia estar enganado...era um doutor...O sorriso de satisfação do Manel Fangio murchou: era um corrécio...tinha esbulhado a ditosa pátria muito amada , levando com o seu escandaloso dislate rodoviário o país à ruptura financeira...Os pecados implicam penitências. Manel Fangio e sua família , incluindo o rebento e o que estava para rebentar , teriam que pagar durante décadas e com "língua de palmo" pelo crime da exuberância de ter passado da motorizada para o Clio.como sou burro...como sou jumento...como sou asno...como sou solípede...como sou cavalgadura...como sou asinino..como sou jegue...como sou azémola...como sou alimária...como sou tudo isso e muito mais... e com a jeriquisse crónica de que sou feliz portador ou contemplado, pergunto :O Zé do Tijolo e o Manel Fangio pediram algum dinheiro ao Estado ?Viveram acima das suas possibilidades ou viveram com as suas possibilidades ?Como podem ser criticados ou responsabilizados pelos médias ( apetecia-me dizer merdas...) pela crise que o país atravessa ?O dinheiro não era deles ? e não podiam fazer com o seu dinheiro o que muito bem desejassem ?Não pagaram, para além disso , uma imensidade de impostos ?Em resumo: quando vejo os economistas residentes e afins ,a justificar a austeridade com o argumento de que o povo foi despesista ( para branquear a corrupção endémica dos políticos )apetece-me mandá-los apanhar no subilatório...e só não mando porque não quero matar alguns com mimos...Pensem nisto e deixem de me fecundar...porque fodido ando eu...
Por favor..., Não me fecundem; porque fodido ando eu!

El Jerico

Jorge Mendes 







sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sabiam?

Sabiam? Em 1953, há menos de 60 anos - apenas uma geração - a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.
A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.
Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.
O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia.
As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas. Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida (!).
Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava. Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros. Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.
Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.
Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota. "Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores", disseram ao jornal "Bild".
Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.
O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país devedor do século XX. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante. "No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch.
O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas. A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países. Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.
A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória
.

(por Albrecht Ritschl, da London School of Economics)

Acho que não devemos nada à Alemanha.
Antes pelo contrário...


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=OB8pKYZmkqI#!

Dilema do Juiz-Conselheiro (Jubilado) Mário Araújo Ribeiro


Dilema do Juiz-Conselheiro (Jubilado) Mário Araújo Ribeiro
Para:   ... o Juiz-Conselheiro (Jubilado) Mário Araújo Ribeiro


«Concluí que a minha filha desempregada e o meu filho dentista com
falta de clientes (ambos divorciados) têm de intentar acções judiciais
contra mim, para eu ser CONDENADO a pagar "alimentos" (no sentido
legal do termo) aos meus netos. Porque, com uma sentença judicial, eu
posso descontar essas despesas no IRS e, se ajudar voluntariamente,
não posso.
Se encontrar uma saída, transmito-a a todos os avós.»

Juiz-Conselheiro (Jubilado) Mário Araújo Ribeiro

quarta-feira, 7 de novembro de 2012


QUE É O BCE?

- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.
  E DONDE VEIO O DINHEIRO DO BCE?
- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.

E É MUITO, ESSE DINHEIRO?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.


ENTÃO, SE O BCE É O BANCO DESTES ESTADOS PODE EMPRESTAR DINHEIRO A PORTUGAL, OU NÃO? COMO QUALQUER BANCO PODE EMPRESTAR DINHEIRO A UM OU OUTRO DOS SEUS ACCIONISTAS ?
- Não, não pode.


PORQUÊ?!
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.


ENTÃO, A QUEM PODE O BCE EMPRESTAR DINHEIRO?
-A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.


AH PERCEBO, ENTÂO PORTUGAL, OU A ALEMANHA, QUANDO PRECISA DE DINHEIRO EMPRESTADO NÃO VAI AO BCE, VAI AOS OUTROS BANCOS QUE POR SUA VEZ VÃO AO BCE.
- Pois.


MAS PARA QUÊ COMPLICAR? NÂO ERA MELHOR PORTUGAL OU A GRÉCIA OU A ALEMANHA IREM DIRECTAMENTE AO BCE?
- Bom... sim... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!


AGORA NÃO PERCEBI!!..
- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.


MAS ISSO ASSIM É UM "NEGÓCIO DA CHINA"! SÓ PARA IREM A BRUXELAS BUSCAR O DINHEIRO!
- Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.


ISSO É UM VERDADEIRO ROUBO... COM ESSE DINHEIRO ESCUSAVA-SE ATÉ DE CORTAR NAS PENSÕES, NO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO OU DE NOS TIRAREM PARTE DO 13º MÊS.
As pessoas têm de perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.


MAS QUEM É QUE MANDA NO BCE E PERMITE UM ESCÂNDALO DESTES?
- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.


ENTÃO, OS GOVERNOS DÃO O NOSSO DINHEIRO AO BCE PARA ELES EMPRESTAREM AOS BANCOS A 1%, PARA DEPOIS ESTES EMPRESTAREM A 5 E A 7% AOS GOVERNOS QUE SÃO DONOS DO BCE?
- Bom, não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6, a 7% ou mais.


ENTÃO NÓS SOMOS OS DONOS DO DINHEIRO E NÃO PODEMOS PEDIR AO NOSSO PRÓPRIO BANCO!...
- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.


MAS, E OS NOSSOS GOVERNOS ACEITAM UMA COISA DESSAS?
- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos.


MAS ENTÃO ELES NÃO ESTÃO LÁ ELEITOS POR NÓS?
- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois... quem tem a massa é quem manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um século, para cá. Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.


E ONDE O FORAM BUSCAR?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...


MAS METERAM OS RESPONSÁVEIS NA CADEIA?
- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.


E ENTÃO COMO É? COMEMOS E CALAMOS?
 Isso já não é comigo, eu só estou a explicar...

Assunto:Miguel Relvas na Wilkipedia!


Como é que este senhor ainda tem a lata de se pavonear por aí e ainda por cima como Ministro? Alguém com o mínimo de  vergonha esconder-se-ia num dos pontos mais recônditos do planeta, do tipo Floresta da Amazónia, Sibéria, Deserto Australiano ou outro buraco onde nunca fosse avistado!
Como é que os Portugueses ainda permitem que este artista seja governante?
Como diz o povo: Cego é aquele que não quer ver







É revoltante!Vale a pena ver as REFERÊNCIAS.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Relvas

Quem teria sido o "Malvado" que lhe fez a Folha?-   (Wikipédia- entenda-se)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Um banco só te dá um chouriço se lhe deres um porco

Certa tarde, um famoso banqueiro ia para casa na sua "limousine" quando viu dois homens à beira da estrada, a comer erva.
Ordenou ao seu motorista que parasse e, saindo, perguntou a um deles:
- Por quê estais a comer erva...?
- Não temos dinheiro para comida.. - disse o pobre homem - . Por isso temos que comer erva.
- Bem, então venham à minha casa e eu lhes darei de comer - disse o banqueiro.

- Obrigado, mas tenho mulher e dois filhos comigo. Estão ali, debaixo daquela árvore.
- Que venham também - disse novamente o banqueiro. E, voltando- se para o outro homem, disse-lhe:
- Você também pode vir.
O homem, com uma voz muito sumida disse:
- Mas, senhor, eu também tenho esposa e seis filhos comigo!

- Pois que venham também - respondeu o banqueiro.
E entraram todos no enorme e luxuoso carro.
Uma vez a caminho, um dos homens olhou timidamente o banqueiro e disse:
- O senhor é muito bom... Obrigado por nos levar a todos!

O banqueiro respondeu:
- Meu caro, não tenha vergonha, fico muito feliz por fazê-lo! Ireis ficar encantados com a minha casa... A erva está com mais de 20 cm de altura!

"Quando achares que um banqueiro (ou banco) está a ajudar-te, não te iludas, pensa um pouco antes de aceitares qualquer acordo !!!