O homem já consta da enciclopédia.
vejam e acreditem porque é verdade! não são "manobras da reacção"!
Vale a pena ver as NOTAS.http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Relvas
Quem teria sido o "Malvado" que lhe fez a Folha (Wikipédia- entenda-se)
domingo, 29 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
sexta-feira, 20 de julho de 2012
será verdade?
envio tal como me enviaram
VERGONHA!!!!!!!!!!!!!
Especialistas (tão novinhos e já especialistas?) saídos de Faculdades onde,
na maior parte delas, o curso é comprado!!!
*O curioso desta lista é ver que qualquer um destes Assessores/Especialistas
para começo de carreira, a trabalhar para o Estado, vencem mais do
que um Coronel das Forças Armadas com mais de 30 anos de serviço!!*
*Como é possível acreditar nestes partidos que ocupam sucessivamente
os lugares de poder neste pobre País?*
*ROUBO DE SALÁRIOS E SUBSIDIOS DE FÉRIAS+NATAL PARA DAR DE MAMAR
A ASSESSORES DO GANGUE... DO DESGOVERNO*
Para os esquecidos…. Aqui vai parte da malta do PSD e do CDS que foi ao POTE! Todos à custa dos nossos salários (e da sua redução) e dos nossos subsídios de férias e de Natal!
*
Lista de 29 assessores / adjuntos de Ministérios,
todos de idade inferior a 30 anos, havendo 14 "especialistas"
com idades entre os 24 e os 25 anos.*
*MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL (2)
Cargo: Assessora
Nome: Ana Miguel Marques Neves dos Santos
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 €
Cargo: Adjunto
Nome: João Miguel Saraiva Annes
Idade:28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.183,63 €
MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (1)
Cargo: Adjunto
Nome: Filipe Fernandes
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.633,82 €
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS (4)
Cargo: Adjunto
Nome: Carlos Correia de Oliveira Vaz de Almeida
Idade: 26 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 €
Cargo: Assessor
Nome: Bruno Miguel Ribeiro Escada
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.854 €
Cargo: Assessor
Nome: Filipe Gil França Abreu
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.854 €
Cargo: Adjunto
Nome: Nelson Rodrigo Rocha Gomes
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (2)
Cargo: Assessor
Nome: Jorge Afonso Moutinho Garcez Nogueira
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Assessor
Nome: André Manuel Santos Rodrigues Barbosa
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.364,50 €
MINISTRO ADJUNTO E DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES (5)
Cargo: Especialista
Nome: Diogo Rolo Mendonça Noivo
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Adjunto
Nome: Ademar Vala Marques
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista
Nome: Tatiana Filipa Abreu Lopes Canas da Silva Canas
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista
Nome: Rita Ferreira Roquete Teles Branco Chaves
Idade: 27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista
Nome: André Tiago Pardal da Silva
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
MINISTÉRIO DA ECONOMIA (8)
Cargo: Adjunta
Nome: Cláudia de Moura Alves Saavedra Pinto
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Tiago Lebres Moutinho
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: João Miguel Cristóvão Baptista
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Tiago José de Oliveira Bolhão Páscoa
Idade: 27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: André Filipe Abreu Regateiro
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Ana da Conceição Gracias Duarte
Idade: 25 anos (deve ser mesmo boa!?!?)
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: David Emanuel de Carvalho Figueiredo Martins
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: João Miguel Folgado Verol Marques
Idade: 24 anos (deve ser mesmo bom)
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (3)
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Joana Maria Enes da Silva Malheiro Novo
Idade: 25 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Antero Silva
Idade: 27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista
Nome: Tiago de Melo Sousa Martins Cartaxo
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 €
MINISTÉRIO DA SAÚDE (1)
Cargo: Adjunto
Nome: Tiago Menezes Moutinho Macieirinha
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,37 €
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA CIÊNCIA (2)
Cargo: Assessoria Técnica
Nome: Ana Isabel Barreira de Figueiredo
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.198,80 €
Cargo: Assessor
Nome: Ricardo Morgado
Idade: 24 anos (deve ser mesmo bom)
Vencimento Mensal Bruto: 4.505,46 €
SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA (1)
Cargo: Colaboradora/Especialista
Nome: Filipa Martins
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 2.950,00 €*
*ATÉ QUANDO VAMOS PERMITIR ISTO?!*
VERGONHA!!!!!!!!!!!!!
Especialistas (tão novinhos e já especialistas?) saídos de Faculdades onde,
na maior parte delas, o curso é comprado!!!
*O curioso desta lista é ver que qualquer um destes Assessores/Especialistas
para começo de carreira, a trabalhar para o Estado, vencem mais do
que um Coronel das Forças Armadas com mais de 30 anos de serviço!!*
*Como é possível acreditar nestes partidos que ocupam sucessivamente
os lugares de poder neste pobre País?*
*ROUBO DE SALÁRIOS E SUBSIDIOS DE FÉRIAS+NATAL PARA DAR DE MAMAR
A ASSESSORES DO GANGUE... DO DESGOVERNO*
Para os esquecidos…. Aqui vai parte da malta do PSD e do CDS que foi ao POTE! Todos à custa dos nossos salários (e da sua redução) e dos nossos subsídios de férias e de Natal!
*
Lista de 29 assessores / adjuntos de Ministérios,
todos de idade inferior a 30 anos, havendo 14 "especialistas"
com idades entre os 24 e os 25 anos.*
*MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL (2)
Cargo: Assessora
Nome: Ana Miguel Marques Neves dos Santos
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 €
Cargo: Adjunto
Nome: João Miguel Saraiva Annes
Idade:28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.183,63 €
MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (1)
Cargo: Adjunto
Nome: Filipe Fernandes
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.633,82 €
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS (4)
Cargo: Adjunto
Nome: Carlos Correia de Oliveira Vaz de Almeida
Idade: 26 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 €
Cargo: Assessor
Nome: Bruno Miguel Ribeiro Escada
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.854 €
Cargo: Assessor
Nome: Filipe Gil França Abreu
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.854 €
Cargo: Adjunto
Nome: Nelson Rodrigo Rocha Gomes
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (2)
Cargo: Assessor
Nome: Jorge Afonso Moutinho Garcez Nogueira
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Assessor
Nome: André Manuel Santos Rodrigues Barbosa
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.364,50 €
MINISTRO ADJUNTO E DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES (5)
Cargo: Especialista
Nome: Diogo Rolo Mendonça Noivo
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Adjunto
Nome: Ademar Vala Marques
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista
Nome: Tatiana Filipa Abreu Lopes Canas da Silva Canas
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista
Nome: Rita Ferreira Roquete Teles Branco Chaves
Idade: 27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista
Nome: André Tiago Pardal da Silva
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
MINISTÉRIO DA ECONOMIA (8)
Cargo: Adjunta
Nome: Cláudia de Moura Alves Saavedra Pinto
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Tiago Lebres Moutinho
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: João Miguel Cristóvão Baptista
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Tiago José de Oliveira Bolhão Páscoa
Idade: 27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: André Filipe Abreu Regateiro
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Ana da Conceição Gracias Duarte
Idade: 25 anos (deve ser mesmo boa!?!?)
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: David Emanuel de Carvalho Figueiredo Martins
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: João Miguel Folgado Verol Marques
Idade: 24 anos (deve ser mesmo bom)
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 €
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (3)
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Joana Maria Enes da Silva Malheiro Novo
Idade: 25 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista/Assessor
Nome: Antero Silva
Idade: 27 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 €
Cargo: Especialista
Nome: Tiago de Melo Sousa Martins Cartaxo
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 €
MINISTÉRIO DA SAÚDE (1)
Cargo: Adjunto
Nome: Tiago Menezes Moutinho Macieirinha
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 5.069,37 €
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA CIÊNCIA (2)
Cargo: Assessoria Técnica
Nome: Ana Isabel Barreira de Figueiredo
Idade: 29 anos
Vencimento Mensal Bruto: 4.198,80 €
Cargo: Assessor
Nome: Ricardo Morgado
Idade: 24 anos (deve ser mesmo bom)
Vencimento Mensal Bruto: 4.505,46 €
SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA (1)
Cargo: Colaboradora/Especialista
Nome: Filipa Martins
Idade: 28 anos
Vencimento Mensal Bruto: 2.950,00 €*
*ATÉ QUANDO VAMOS PERMITIR ISTO?!*
quinta-feira, 19 de julho de 2012
fazer bem...
Sem olhar a quem!
Como? Finalmente chega-me a opinião de mais alguém que pensa como eu. Já repito isto há várias campanhas!
O Estado quer é caridadezinha! E deixa encher a minha bolsinha!
Invente-se uma maneira de ajudar quem precisa sem encher o cu ao estado e aos donos dos hipermercados!
Muito triste, muito triste, mas é bom saber... ladrões!!!
Leiam s.f.f. e repassem.
Programa de luta contra a fome.
Nada é o que parece.
Ora veja:
Decorreu mais uma ação, louvável, do programa da luta contra a fome mas....façam o vosso juízo!
A recolha em hipermercados, segundo os telejornais, foi cerca de 2.644 toneladas! Ou seja 2.644.000 Kilos.
Se cada pessoa adquiriu no hipermercado 1 produto para doar e se esse produto custou, digamos, 0.50 € (cinquenta cêntimos), repare que:
2.644.000 kg x 0,50 € dá 1.322.000,00 € (1 milhão, trezentos e vinte e dois mil euros), total pago nas caixas dos hipermercados.
Quanto ganharam???:
- o Estado: 304.000,00 € (23% iva)
- o Hipermercado: 396.600,00 € (margem de lucro de cerca de 30%).
Nunca tinha reparado, tal como eu, quem mais engorda com estas campanhas...
Devo dizer que não deixo de louvar a ação da recolha e o meu respeito pelos milhares de voluntários.
MAIS....
É triste, mas é bom saber...
- Porque é que os madeirenses receberam 2 milhões de euros da solidariedade nacional, quando o que foi doado eram 2 milhões e 880 mil?
Querem saber para onde foi esta "pequena" parcela de 880.000,00 €?
A campanha a favor das vítimas do temporal na Madeira através de chamadas telefónicas é um insulto à boa-fé da gente generosa e um assalto à mão-armada.
Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 0,60 € + IVA. São 0,72 € no total.
O que por má-fé não se diz é que o donativo que deverá chegar (?) ao beneficiário madeirense é de apenas 0,50 €.
Assim oferecemos 0,50 € a quem carece, mas cobram-nos 0,72 €, mais 0,22 € ou seja 30%.
Quem ficou com esta diferença?
1º - a PT com 0,10 € (17%) isto é a diferença dos 50 para os 60.
2º - o Estado com 0,12 € (20%) referente ao IVA sobre 0,60 €.
Numa campanha de solidariedade, a aplicação de uma margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou.
A RTP anunciou com imensa satisfação que o montante doado atingiu os 2.000.000,00 €.
Esqueceu-se de dizer que os generosos pagaram mais 44%, ou seja, mais 880.000,00 € divididos entre a PT (400.000,00 € para a ajuda dos salários dos administradores) e o Estado (480.000,00 € para auxílio do reequilíbrio das contas públicas e aos trafulhas que por lá andam).
A PT cobra comissão de quase 20% num acto de solidariedade!!!
O Estado faz incidir IVA sobre um produto da mais pura generosidade!!!
ISTO É UMA TOTAL FALTA DE VERGONHA, SOB A CAPA DA SOLIDARIEDADE. É BOM QUE O POVO SAIBA QUE ATÉ NA CONFIANÇA SOMOS ROUBADOS.
ISTO É UM TRISTE ESBULHO À BOLSA E AO ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE DO POVO PORTUGUÊS!!!
Pelo menos. DENUNCIE!"O que me preocupa não é o grito dos maus`. É o silêncio dos bons."
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Não votar é arma do povo
Eu acho que ele tem razão! .... Mas soluções?
http://videos.sapo.pt/kzZH4Ua8qCjuDPNQkL9a
sábado, 14 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
RAMALHO EANES
O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber.
Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira.
O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor.
Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados - e não aceitou o dinheiro. Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados.
As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social.
Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a.
Mas pedi-la, não. Nunca!»
O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.
"A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção", dirá. Torna-se indispensável "preservar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora"
Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta- acrescentando os outros.
"Senti a marginalização e tentei viver", confidenciará, "fora dela. Reagi como tímido, liderando". O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida, pervertida ética.
Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos - condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes.
Fernando Dacosta
Nota:
Disseram-me que perante as dificuldades da Presidência teve de vender uma casa de férias na Costa de Caparica e ainda que chegou a mandar virar dois fatos, razão pela qual um empresário do Norte lhe ofereceu tecido para dois. Quando necessitava de um conselho convidava as pessoas para depois do jantar, aos quais era servido um chá por não haver verba para o jantar. O policia de guarda em vez de estar na rua de plantão ao frio e chuva mandou colocá-lo no átrio e arranjou uma cadeira para ele não estar de pé. Consta que também lhe ofereceram Ações da SLN-BPN, mas recusou. Já escrevi algures no Expresso um comentário sobre Ramalho Eanes, mas sinto-me na obrigação de dizer algo mais e que me foi contado por mais que uma pessoa.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Santana Castilho dirige carta aberta a Nuno Crato
Senhor ministro:
Como sabe, uma carta aberta é um recurso retórico. Uso-o, agora que se
cumpre um ano sobre a sua tomada de posse, para lhe manifestar indignação
pelas opções erradas que vem tomando e fazem de si um simples predador do
futuro da escola pública. Se se sentir injustiçado com a argumentação que se
segue, tenha a coragem de marcar o contraditório, a que não me furto. Por
uma vez, saia do conforto dos seus indefectíveis, porque é pena que nenhuma
televisão o tenha confrontado, ainda, com alguém que lhe dissesse, na cara,
o que a verdade reclama.
Comecemos pelo programa de Governo a que pertence. Sob a epígrafe
“Confiança, Responsabilidade, Abertura”, garantia-nos que “… nada se fará
sem que se firme um pacto de confiança entre o Governo e os portugueses … “
e asseverava, logo de seguida, que desenvolveria connosco uma “relação
adulta” (página 3). E que outra relação, senão adulta, seria admissível? O
que se seguiu foi violento, mas esclarecedor. O homem que havia interrogado
o país sobre a continuidade de um primeiro-ministro que mentia, referindo-se
a Sócrates, rápido se revelou mais mentiroso que o antecessor. E o senhor
foi igualmente célere em esquecer tudo o que tinha afirmado enquanto crítico
do sistema. Não me refiro ao que escreveu e disse quando era membro da
Comissão Permanente do Conselho Nacional da UDP.
Falo daquilo que defendia no “Plano Inclinado”, pouco tempo antes de ser
ministro. Ambos, Passos Coelho e o senhor, rapidamente me reconduziram a
Torga, que parafraseio: não há entendimento possível entre nós; separa-nos
um fosso da largura da verdade; ouvir-vos é ouvir papagaios insinceros.
Para o Governo a que o senhor pertence, a Educação é uma inevitabilidade,
que não uma necessidade. Ao mesmo tempo que a OCDE nos arruma na cauda dos
países com maiores desigualdades sociais, lembrando-nos que só o
investimento precoce nas pessoas promove o desenvolvimento das sociedades,
Passos Coelho encarregou-o, e o senhor aceitou, de recuperar o horizonte de
Salazar e de a reduzir a uma lógica melhorada do aprender a ler, escrever e
contar. Sob a visão estreita de ambos, estamos hoje, em relação a ela, com a
mais baixa taxa de esforço do país em 38 anos de democracia.
O conflito insanável entre Crato crítico e Crato ministro foi eloquentemente
explicado no último domingo de Julho de 2011, no programa do seu amigo,
professor Marcelo. Sujeito a perguntas indigentes, o senhor só falou, sem
nada dizer, com uma excepção:
estabeleceu bem a diferença entre estar no Governo e estar de fora.
Quando se está no Governo, afirmou, “tem de se saber fazer as coisas”;
quando se está de fora, esclareceu, apresentam-se “críticas e sugestões,
independentemente da oportunidade”. Fiquei esclarecido e acedi ao seu
pedido, implícito, para arquivarmos o crítico. Mas é tempo de recordar
algumas coisas que tem sabido fazer e que relações adultas estabeleceu
connosco.
A sua pérola maior é o prolixo documento com que vai provocar a
desorganização do próximo ano lectivo, marcado pela obsessão de despedir
professores. Autocraticamente, o senhor aumentou o horário de trabalho dos
professores, redefinindo o que se entende por tempos lectivos; reduziu
brutalmente as horas disponíveis para gerir as escolas, efeito que será
ampliado pela loucura dos giga-agrupamentos; cortou o tempo, que já era
exíguo, para os professores exercerem as direcções das turmas; amputou um
tempo ao desporto escolar; e determinou que os docentes passem a poder
leccionar qualquer disciplina, de ciclos ou níveis diferentes,
independentemente do grupo de recrutamento, desde que exista “certificação
de idoneidade”, forma prosaica de dizer que vale tudo logo que os directores
alinhem.
Consegue dormir tranquilo, desalmado que se apresenta, perante um cenário de
despedimento de milhares de professores?
O despacho em apreço bolsa autonomia de cada artigo. Mas é uma autonomia
cínica, como todas as suas políticas. Uma autonomia decretada, envenenada
por normas, disposições, critérios e limites.
Uma autonomia centralizadora, reguladora, castradora, afinal tão ao jeito do
marxismo-leninismo em que o senhor debutou politicamente.
Poupe-nos ao disfarce de transferir para o director (que não é a escola),
competências blindadas por uma burocracia refinada, que dizia querer
implodir e que chega ao supino da cretinice com a fórmula com que passará à
imortalidade kafkiana: CT=K x CAP + EFI + T, em que K é um factor inerente
às características da escola, CAP um indicador da capacidade de gestão de
recursos humanos, EFI um indicador de eficácia educativa (pergunte-se ao
diabo ou ao Tiririca o que isso é) e T um parâmetro resultante do número de
turmas da escola ou agrupamento. Por menos, mentes sãs foram exiladas em
manicómios.
Senhor ministro, vai adiantada esta carta, mas a sua “reorganização
curricular” não passará por entre as minhas linhas como tem passado de
fininho pela bonomia da comunicação social. O rigor que apregoa mas não
pratica, teria imposto o único processo sério que todos conhecem:
primeiro ter-se-iam definido as metas de chegada para os diferentes ciclos
do sistema de ensino; depois, ter-se-ia desenhado a matriz das disciplinas
adequadas e os programas respectivos; e só no fim nos ocuparíamos das cargas
horárias que os cumprissem. O senhor inverteu levianamente o processo e
actuou como um sapateiro a quem obrigassem a decidir sobre currículo: fixou
as horas lectivas e anunciou que ia pensar nas metas, sem tocar nos
programas. Lamento a crueza mas o senhor, que sobranceiramente chamou
ocultas às ciências da educação, perdeu a face e virou bruxo no momento de
actuar: simplesmente achou.
O que a propósito disse foi vago e inaceitavelmente simplista. O que são
“disciplinas estruturantes” e por que são as que o senhor decretou e não
outras? Quais são os “conhecimentos fundamentais”? O que são o “ensino
moderno e exigente” ou a “redução do controlo central do sistema educativo”,
senão versões novas do “eduquês”, agora em dialecto “cratês”? Mas o seu fito
não escapa, naturalmente, aos que estão atentos: despedir e subtrair à
Educação para adicionar à banca.
Duas palavras, senhor ministro, sobre o Estatuto do Aluno. É preciso topete
para lhe acrescentar a Ética Escolar. Lembra-se da sua primeira medida,
visando alunos? Eu recordo-lha: foi abolir o prémio para os melhores,
instituído pelo Governo anterior. Quando o senhor revogou, já os factos que
obrigavam ao cumprimento do prometido se tinham verificado. O senhor podia
revogar para futuro. Mas não podia deixar de cumprir o que estava vencido.
Que aconteceu à ética quando retirou, na véspera de serem recebidos, os
prémios prometidos aos alunos? Que ética lhe permitiu que a solidariedade
fosse imposta por decreto e assente na espoliação? Que imagem da justiça e
do rigor terão retirado os alunos, os melhores e os seus colegas, do
comportamento de que os primeiros foram vítimas? Terão ou não sobeja razão
para não acreditarem nos que governam e para lamentarem a confiança que
dispensaram aos professores que, durante 12 anos, lhes ensinaram que a
primeira obrigação das pessoas sérias é honrar os compromissos assumidos?
Não é isso o que os senhores hoje invocam quando reverenciam Sua Santidade a
Troika? Da sua ética voltámos a dar nota quando obrigou jovens com
necessidades educativas especiais a sujeitarem-se a exames nacionais, em
circunstâncias que não respeitam o seu perfil de funcionalidade, com o
cinismo cauteloso de os retirar depois do tratamento estatístico dos
resultados. Ou quando, dias antes das inscrições nos exames do 12º ano,
mudou as respectivas regras, ferindo de morte a confiança que qualquer
estudante devia ter no Estado. Ou, ainda, quando, por mais acertada que
fosse a mudança, ela ocorreu a mais de meio do ano-lectivo (condições de
acesso ao ensino superior por parte de alunos do ensino recorrente).
Compreenderá que sorria ironicamente quando acrescenta a Ética Escolar a um
Estatuto do Aluno assente no castigo, forma populista de banir os sintomas
sem a mínima preocupação de identificar as causas. Reconheço, todavia, a sua
coerência neste campo: retirar os livros escolares a quem falta em excesso
ou multar quem não quer ir à escola e não tem dinheiro para pagar a multa,
fará tanto pela qualidade da Educação como dar mais meios às escolas que
tiverem melhores resultados e retirá-los às que exibam dificuldades.
Perdoar-me-á a franqueza, mas vejo-o como um relapso preguiçoso político,
que não sabe o que é uma escola nem procurou aprender algo útil neste ano de
funções.
* Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)
Senhor ministro:
Como sabe, uma carta aberta é um recurso retórico. Uso-o, agora que se
cumpre um ano sobre a sua tomada de posse, para lhe manifestar indignação
pelas opções erradas que vem tomando e fazem de si um simples predador do
futuro da escola pública. Se se sentir injustiçado com a argumentação que se
segue, tenha a coragem de marcar o contraditório, a que não me furto. Por
uma vez, saia do conforto dos seus indefectíveis, porque é pena que nenhuma
televisão o tenha confrontado, ainda, com alguém que lhe dissesse, na cara,
o que a verdade reclama.
Comecemos pelo programa de Governo a que pertence. Sob a epígrafe
“Confiança, Responsabilidade, Abertura”, garantia-nos que “… nada se fará
sem que se firme um pacto de confiança entre o Governo e os portugueses … “
e asseverava, logo de seguida, que desenvolveria connosco uma “relação
adulta” (página 3). E que outra relação, senão adulta, seria admissível? O
que se seguiu foi violento, mas esclarecedor. O homem que havia interrogado
o país sobre a continuidade de um primeiro-ministro que mentia, referindo-se
a Sócrates, rápido se revelou mais mentiroso que o antecessor. E o senhor
foi igualmente célere em esquecer tudo o que tinha afirmado enquanto crítico
do sistema. Não me refiro ao que escreveu e disse quando era membro da
Comissão Permanente do Conselho Nacional da UDP.
Falo daquilo que defendia no “Plano Inclinado”, pouco tempo antes de ser
ministro. Ambos, Passos Coelho e o senhor, rapidamente me reconduziram a
Torga, que parafraseio: não há entendimento possível entre nós; separa-nos
um fosso da largura da verdade; ouvir-vos é ouvir papagaios insinceros.
Para o Governo a que o senhor pertence, a Educação é uma inevitabilidade,
que não uma necessidade. Ao mesmo tempo que a OCDE nos arruma na cauda dos
países com maiores desigualdades sociais, lembrando-nos que só o
investimento precoce nas pessoas promove o desenvolvimento das sociedades,
Passos Coelho encarregou-o, e o senhor aceitou, de recuperar o horizonte de
Salazar e de a reduzir a uma lógica melhorada do aprender a ler, escrever e
contar. Sob a visão estreita de ambos, estamos hoje, em relação a ela, com a
mais baixa taxa de esforço do país em 38 anos de democracia.
O conflito insanável entre Crato crítico e Crato ministro foi eloquentemente
explicado no último domingo de Julho de 2011, no programa do seu amigo,
professor Marcelo. Sujeito a perguntas indigentes, o senhor só falou, sem
nada dizer, com uma excepção:
estabeleceu bem a diferença entre estar no Governo e estar de fora.
Quando se está no Governo, afirmou, “tem de se saber fazer as coisas”;
quando se está de fora, esclareceu, apresentam-se “críticas e sugestões,
independentemente da oportunidade”. Fiquei esclarecido e acedi ao seu
pedido, implícito, para arquivarmos o crítico. Mas é tempo de recordar
algumas coisas que tem sabido fazer e que relações adultas estabeleceu
connosco.
A sua pérola maior é o prolixo documento com que vai provocar a
desorganização do próximo ano lectivo, marcado pela obsessão de despedir
professores. Autocraticamente, o senhor aumentou o horário de trabalho dos
professores, redefinindo o que se entende por tempos lectivos; reduziu
brutalmente as horas disponíveis para gerir as escolas, efeito que será
ampliado pela loucura dos giga-agrupamentos; cortou o tempo, que já era
exíguo, para os professores exercerem as direcções das turmas; amputou um
tempo ao desporto escolar; e determinou que os docentes passem a poder
leccionar qualquer disciplina, de ciclos ou níveis diferentes,
independentemente do grupo de recrutamento, desde que exista “certificação
de idoneidade”, forma prosaica de dizer que vale tudo logo que os directores
alinhem.
Consegue dormir tranquilo, desalmado que se apresenta, perante um cenário de
despedimento de milhares de professores?
O despacho em apreço bolsa autonomia de cada artigo. Mas é uma autonomia
cínica, como todas as suas políticas. Uma autonomia decretada, envenenada
por normas, disposições, critérios e limites.
Uma autonomia centralizadora, reguladora, castradora, afinal tão ao jeito do
marxismo-leninismo em que o senhor debutou politicamente.
Poupe-nos ao disfarce de transferir para o director (que não é a escola),
competências blindadas por uma burocracia refinada, que dizia querer
implodir e que chega ao supino da cretinice com a fórmula com que passará à
imortalidade kafkiana: CT=K x CAP + EFI + T, em que K é um factor inerente
às características da escola, CAP um indicador da capacidade de gestão de
recursos humanos, EFI um indicador de eficácia educativa (pergunte-se ao
diabo ou ao Tiririca o que isso é) e T um parâmetro resultante do número de
turmas da escola ou agrupamento. Por menos, mentes sãs foram exiladas em
manicómios.
Senhor ministro, vai adiantada esta carta, mas a sua “reorganização
curricular” não passará por entre as minhas linhas como tem passado de
fininho pela bonomia da comunicação social. O rigor que apregoa mas não
pratica, teria imposto o único processo sério que todos conhecem:
primeiro ter-se-iam definido as metas de chegada para os diferentes ciclos
do sistema de ensino; depois, ter-se-ia desenhado a matriz das disciplinas
adequadas e os programas respectivos; e só no fim nos ocuparíamos das cargas
horárias que os cumprissem. O senhor inverteu levianamente o processo e
actuou como um sapateiro a quem obrigassem a decidir sobre currículo: fixou
as horas lectivas e anunciou que ia pensar nas metas, sem tocar nos
programas. Lamento a crueza mas o senhor, que sobranceiramente chamou
ocultas às ciências da educação, perdeu a face e virou bruxo no momento de
actuar: simplesmente achou.
O que a propósito disse foi vago e inaceitavelmente simplista. O que são
“disciplinas estruturantes” e por que são as que o senhor decretou e não
outras? Quais são os “conhecimentos fundamentais”? O que são o “ensino
moderno e exigente” ou a “redução do controlo central do sistema educativo”,
senão versões novas do “eduquês”, agora em dialecto “cratês”? Mas o seu fito
não escapa, naturalmente, aos que estão atentos: despedir e subtrair à
Educação para adicionar à banca.
Duas palavras, senhor ministro, sobre o Estatuto do Aluno. É preciso topete
para lhe acrescentar a Ética Escolar. Lembra-se da sua primeira medida,
visando alunos? Eu recordo-lha: foi abolir o prémio para os melhores,
instituído pelo Governo anterior. Quando o senhor revogou, já os factos que
obrigavam ao cumprimento do prometido se tinham verificado. O senhor podia
revogar para futuro. Mas não podia deixar de cumprir o que estava vencido.
Que aconteceu à ética quando retirou, na véspera de serem recebidos, os
prémios prometidos aos alunos? Que ética lhe permitiu que a solidariedade
fosse imposta por decreto e assente na espoliação? Que imagem da justiça e
do rigor terão retirado os alunos, os melhores e os seus colegas, do
comportamento de que os primeiros foram vítimas? Terão ou não sobeja razão
para não acreditarem nos que governam e para lamentarem a confiança que
dispensaram aos professores que, durante 12 anos, lhes ensinaram que a
primeira obrigação das pessoas sérias é honrar os compromissos assumidos?
Não é isso o que os senhores hoje invocam quando reverenciam Sua Santidade a
Troika? Da sua ética voltámos a dar nota quando obrigou jovens com
necessidades educativas especiais a sujeitarem-se a exames nacionais, em
circunstâncias que não respeitam o seu perfil de funcionalidade, com o
cinismo cauteloso de os retirar depois do tratamento estatístico dos
resultados. Ou quando, dias antes das inscrições nos exames do 12º ano,
mudou as respectivas regras, ferindo de morte a confiança que qualquer
estudante devia ter no Estado. Ou, ainda, quando, por mais acertada que
fosse a mudança, ela ocorreu a mais de meio do ano-lectivo (condições de
acesso ao ensino superior por parte de alunos do ensino recorrente).
Compreenderá que sorria ironicamente quando acrescenta a Ética Escolar a um
Estatuto do Aluno assente no castigo, forma populista de banir os sintomas
sem a mínima preocupação de identificar as causas. Reconheço, todavia, a sua
coerência neste campo: retirar os livros escolares a quem falta em excesso
ou multar quem não quer ir à escola e não tem dinheiro para pagar a multa,
fará tanto pela qualidade da Educação como dar mais meios às escolas que
tiverem melhores resultados e retirá-los às que exibam dificuldades.
Perdoar-me-á a franqueza, mas vejo-o como um relapso preguiçoso político,
que não sabe o que é uma escola nem procurou aprender algo útil neste ano de
funções.
* Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Verdizela, 2012/06/24
Exmº Senhor Primeiro-Ministro de Portugal
LISBOA
Exmº Snr:
Tenho 74 anos, sou reformado (descontei para a reforma durante 41 anos apesar de ter trabalhado durante 48) e esperava acabar os meus dias com a tranquilidade que uma vida de trabalho honesto justificava, mas tal está a mostrar-se impossível e daí a razão desta “carta aberta”.
Não, não lhe escrevo para lhe dizer que me mentiu, como mentiu a todos os portugueses, já estou (estamos) habituado à falta de verticalidade daqueles que aparecem nas campanhas eleitorais a prometer o céu para chegados ao poleiro nos transportarem ao inferno, também não lhe escrevo para lhe dizer que sou um dos que, em nome da salvação da Pátria e dos sacrifícios para todos, foi espoliado dos subsídios de férias e Natal, nem ao menos para lhe dizer que o curriculum de V/Exª não justificaria mais do que ser presidente do clube lá do bairro e muito menos para lhe dizer que o falar grosso não representa autoridade e competência, pode, isso sim, ser disfarce de autoritarismo e incompetência…
Porquê então esta carta?
Ignoro as muitas razões que tenho para lhe manifestar o meu protesto e fixo-me apenas numa palavra: VERGONHA.
Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem comunicou, com ar pungente, aos reformados, aos funcionários públicos e ainda a alguns trabalhadores de empresas com alguma ligação ao estado que lhes ia retirar os subsídios de férias e Natal por ganharem a exorbitância de algo mais de 1100 € e em contrapartida nomeia para o seu governo centenas de adjuntos, conselheiros, especialistas com ordenados três ou quatro vezes superiores e direito aos subsídios que aos outros retirou, tem um pingo de vergonha?
Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem fala na necessidade dos sacrifícios serem repartidos por todos os portugueses e requisita para os gabinetes ministeriais funcionários públicos com aumentos de vencimentos mensais de centenas, quando não milhares de euros e direito aos subsídios de férias e Natal, tem alguma vergonha?
Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem disse aos que depois de terem trabalhado durante dez, vinte ou trinta anos perderam o emprego que isso era uma nova oportunidade, tem qualquer tipo de vergonha?
Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem disse aos jovens do nosso país, talvez a geração mais bem preparada de sempre, para procurarem no estrangeiro o pão que Portugal lhes nega, tem réstia de vergonha?
Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem trocou os direitos dos portugueses pela caridadezinha das refeições nas escolas para os filhos famintos de Portugal e pelas cantinas sociais, tem vergonha na cara?
Acha o Senhor Primeiro-Ministro que quem, ar ridiculamente cândido de menino do coro ou chefe de quina da mocidade portuguesa com a bandeira na lapela, aparece a falar aos portugueses, num discurso que eu julgava enterrado em 25 de Abril, com frases enfáticas que em português corrente podemos traduzir como: Morre de fome hoje que amanhã tens comida, sente alguma vergonha do que diz?
Eu respondo Senhor Primeiro-Ministro.
Eu tenho vergonha Sr Primeiro-Ministro
Eu tenho vergonha de o ter como Primeiro-Ministro do meu país.
Embora no Alentejo, onde nasci, o cumprimento seja devido a todas as pessoas (os velhos da minha meninice chamavam-lhe “salvação”) não posso, por coerência ainda que com mágoa, cumprimentar V/Exa.
José Nogueira Pardal
FACTURA EDP - Explicada tim tim por tim tim
Mandaram-me esta explicação que eu já sabia mas não tão bem explicado. Acho interessante divulgar embora não haja hipótese nenhuma de nos livramos disto. De facto são explorações atrás de explorações do Zé Povinho incobertas por leis que eles fazem. A hípótese utópica seria ninguem mas ninguem pagar até que fossem feitos débitos justos e honestos. Cá por mim posso e útilizo o que tenho ao meu alcance, na actual conjuntura "NÃO VOTAR É A ARMA DO POVO" . Eu anulo sempre o meu boletim de voto, não tenho é em quem votar pot isso anulo.
POR ACASO SABEM QUAL FOI VERDADEIRAMENTE O CONSUMO DE ELECTRICIDADE NUMA FACTURA QUE PAGAM DE 116,00 € ?! VEJAM A DESCRIMINAÇÃO NO QUADRO ABAIXO … E PASMEM !
DescriminaçãoTaxaImportância
CUSTO EFECTIVO DA ELECTRICIDADE CONSUMIDA 34,00
Taxa RDP e RTP7%6.80
Harmonização Tarifária dos Açores e da Madeira3%1,60
Rendas por passagem de cabos de alta tensão para Municípios e Autarquias.10%5,40
Compensar de Operadores - EDP, Tejo Energia e Turbo Gás30%16,10
Investimento em energias renováveis50%26,70
Custos de funcionamento da Autoridade da Concorrência e da ERSE7%3,70
Soma 94,30
IVA23%21,70
Total 116,00
ACHAM QUE A ELECTRICIDADE ESTÁ CARA ?....
ESTE EMAIL DEVE SER REPASSADO AO MÁXIMO PARA TODA A GENTE FICAR A CONHECER O ROUBO QUE NOS É FEITO NA FACTURA DA EDP !!!
O QUE PAGAMOS NA FACTURA DA ELECTRICIDADE ...
Permaneçam sentados para não caírem:
- 7% de Taxa para a RDP e RTP (para que Malatos, Jorge Gabrieis, Catarinas Furtados e outras que tais possam receber 17.000 e mais €/mês);
- 3% são a harmonização tarifaria para os Açores e Madeira, ou seja, é um esforço que o país (TODOS NÓS) fazemos pela insularidade, dos madeirenses e açorianos, para que estes tenham electricidade mais barata. Isto é, NÓS já pagamos durante 2011, 75 M€ para aqueles ilhéus terem a electricidade mais barata !!!
- 10% para rendas aos Municípios e Autarquias. Mas que m... vem a ser esta renda? Eu explico: a EDP (TODOS NÓS) pagamos aos Municípios e Autarquias uma renda sobre os terrenos, por onde passam os cabos de alta tensão. Isto é, TODOS NÓS, já pagamos durante 2011, 250 M€ aos Municípios e Autarquias por aquela renda.
- 30% para compensação aos operadores. Ou seja, TODOS NÓS, já pagamos em 2011, 750 M€ para a EDP, Tejo Energia e Turbo Gás.
- 50% para o investimento nas energias renováveis. Aqueles incentivos que o Sócrates deu para o investimento nas energias renováveis e que depois era descontado no IRS, também o pagamos. Ou seja, mais uns 1.250 M€.
- 7% de outros custos incluídos na tarifa, ou sejam 175 M€. Que custos são estes? São Custos de funcionamento da Autoridade da Concorrência, custos de funcionamento da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Eléctricos), planos de promoção do Desempenho Ambiental da responsabilidade da ESE e planos de promoção e eficiência no consumo, também da responsabilidade da ERSE.
Estão esclarecidos? Isto é uma vergonha. NÓS TODOS pagamos tudo !
Pagamos para os açorianos e madeirenses terem electricidade mais barata, pagamos aos Municípios e Autarquias, para além de IMI's, IRS's, IVA's em tudo que compramos e outras taxas... somos sugados, chupados, dissecados...
REPASSEM POR FAVOR … A TODOS OS V/ AMIGOS E CONHECIDOS.
POR ACASO SABEM QUAL FOI VERDADEIRAMENTE O CONSUMO DE ELECTRICIDADE NUMA FACTURA QUE PAGAM DE 116,00 € ?! VEJAM A DESCRIMINAÇÃO NO QUADRO ABAIXO … E PASMEM !
DescriminaçãoTaxaImportância
CUSTO EFECTIVO DA ELECTRICIDADE CONSUMIDA 34,00
Taxa RDP e RTP7%6.80
Harmonização Tarifária dos Açores e da Madeira3%1,60
Rendas por passagem de cabos de alta tensão para Municípios e Autarquias.10%5,40
Compensar de Operadores - EDP, Tejo Energia e Turbo Gás30%16,10
Investimento em energias renováveis50%26,70
Custos de funcionamento da Autoridade da Concorrência e da ERSE7%3,70
Soma 94,30
IVA23%21,70
Total 116,00
ACHAM QUE A ELECTRICIDADE ESTÁ CARA ?....
ESTE EMAIL DEVE SER REPASSADO AO MÁXIMO PARA TODA A GENTE FICAR A CONHECER O ROUBO QUE NOS É FEITO NA FACTURA DA EDP !!!
O QUE PAGAMOS NA FACTURA DA ELECTRICIDADE ...
Permaneçam sentados para não caírem:
- 7% de Taxa para a RDP e RTP (para que Malatos, Jorge Gabrieis, Catarinas Furtados e outras que tais possam receber 17.000 e mais €/mês);
- 3% são a harmonização tarifaria para os Açores e Madeira, ou seja, é um esforço que o país (TODOS NÓS) fazemos pela insularidade, dos madeirenses e açorianos, para que estes tenham electricidade mais barata. Isto é, NÓS já pagamos durante 2011, 75 M€ para aqueles ilhéus terem a electricidade mais barata !!!
- 10% para rendas aos Municípios e Autarquias. Mas que m... vem a ser esta renda? Eu explico: a EDP (TODOS NÓS) pagamos aos Municípios e Autarquias uma renda sobre os terrenos, por onde passam os cabos de alta tensão. Isto é, TODOS NÓS, já pagamos durante 2011, 250 M€ aos Municípios e Autarquias por aquela renda.
- 30% para compensação aos operadores. Ou seja, TODOS NÓS, já pagamos em 2011, 750 M€ para a EDP, Tejo Energia e Turbo Gás.
- 50% para o investimento nas energias renováveis. Aqueles incentivos que o Sócrates deu para o investimento nas energias renováveis e que depois era descontado no IRS, também o pagamos. Ou seja, mais uns 1.250 M€.
- 7% de outros custos incluídos na tarifa, ou sejam 175 M€. Que custos são estes? São Custos de funcionamento da Autoridade da Concorrência, custos de funcionamento da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Eléctricos), planos de promoção do Desempenho Ambiental da responsabilidade da ESE e planos de promoção e eficiência no consumo, também da responsabilidade da ERSE.
Estão esclarecidos? Isto é uma vergonha. NÓS TODOS pagamos tudo !
Pagamos para os açorianos e madeirenses terem electricidade mais barata, pagamos aos Municípios e Autarquias, para além de IMI's, IRS's, IVA's em tudo que compramos e outras taxas... somos sugados, chupados, dissecados...
REPASSEM POR FAVOR … A TODOS OS V/ AMIGOS E CONHECIDOS.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Nação valente e imortal
Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos. Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos.Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade. O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade as vezes é hereditário, dúzias deles. Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão. O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito. Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver- Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro
- Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima
- Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade.As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente. Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos.Vale e Azevedo para os Jerónimos, já!
Loureiro para o Panteão já!
Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já!Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha.Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram.Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito. Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis. Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano. Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos. Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar. Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho. Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar. Abaixo o Bem-Estar.Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval.Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros. Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender, o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos uns aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.(crónica satírica de António Lobo Antunes, in visão abril 2012
Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos. Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos.Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade. O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade as vezes é hereditário, dúzias deles. Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão. O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito. Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver- Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro
- Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima
- Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade.As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente. Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos.Vale e Azevedo para os Jerónimos, já!
Loureiro para o Panteão já!
Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já!Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha.Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram.Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito. Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis. Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano. Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos. Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar. Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho. Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar. Abaixo o Bem-Estar.Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval.Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros. Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender, o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos uns aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.(crónica satírica de António Lobo Antunes, in visão abril 2012
Versão alemã
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada. A cigarra está cheia de frio, não tem casa nem comida e morre de fome.
Fim
Versão portuguesa
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada.
A cigarra, cheia de frio, organiza uma conferência de imprensa e pergunta porque é que a formiga tem o direito de estar quentinha e bem alimentada enquanto as pobres cigarras, que não tiveram sorte na vida, têm fome e frio.
A televisão organiza emissões em directo que mostram a cigarra a tremer de frio e esfomeada ao mesmo tempo que exibem vídeos da formiga em casa, toda quentinha, a comer o seu jantar com uma mesa cheia de coisas boas à sua frente.
A opinião pública tuga escandaliza-se porque não é justo que uns passem fome enquanto outros vivem no bem bom. As associações anti pobreza manifestam-se diante da casa da formiga. Os jornalistas organizam entrevistas e mesas redondas com montes de comentadores que comentam a forma injusta como a formiga enriqueceu à custa da cigarra e exigem ao Governo que aumente os impostos da formiga para contribuir para a solidariedade social.
A CGTP, o PCP, o BE, os Verdes, a Geração à Rasca, os Indignados e a ala esquerda do PS com a Helena Roseta e a Ana Gomes à frente e o apoio implícito do Mário Soares organizam manifestações diante da casa da formiga.
Os funcionários públicos e os transportes decidem fazer uma greve de solidariedade de uma hora por dia (os transportes à hora de ponta) de duração ilimitada.
Fernando Rosas escreve um livro que demonstra as ligações da formiga com os nazis de Auschwitz.
Para responder às sondagens o Governo faz passar uma lei sobre a igualdade económica e outra de anti descriminação (esta com efeitos retroactivos ao princípio do Verão)..
Os impostos da formiga são aumentados sete vezes e simultaneamente é multada por não ter dado emprego à cigarra. A casa da formiga é confiscada pelas Finanças porque a formiga não tem dinheiro que chegue para pagar os impostos e a multa.
A formiga abandona Portugal e vai-se instalar na Suíça onde, passado pouco tempo, começa a contribuir para o desenvolvimento da economia local.
A televisão faz uma reportagem sobre a cigarra, agora instalada na casa da formiga e a comer os bens que aquela teve de deixar para trás.
Embora a Primavera ainda venha longe já conseguiu dar cabo das provisões todas organizando umas "parties" com os amigos e umas "raves" com os artistas e escritores progressistas que duram até de madrugada. Sérgio Godinho compõe a canção de protesto "Formiga fascista, inimiga do artista...
.
A antiga casa da formiga deteriora-se rapidamente porque a cigarra está-se nas tintas para a sua conservação. Em vez disso queixa-se que o Governo não faz nada para manter a casa como deve de ser. É nomeada uma comissão de inquérito para averiguar as causas da decrepitude da casa da formiga. O custo da comissão (interpartidária mais parceiros sociais) vai para o Orçamento de Estado: são 3 milhões de euros por ano.
Enquanto a comissão prepara a primeira reunião para daí a três meses, a cigarra morre de overdose.
Rui Tavares comenta no Público a incapacidade do Governo para corrigir o problema da desigualdade social e para evitar as causas que levaram a cigarra à depressão e ao suicídio.
A casa da formiga, ao abandono, é ocupada por um bando de baratas, imigrantes ilegais, que há já dois anos que foram intimadas a sair do País mas que decidiram cá ficar, dedicando-se ao tráfego da droga e a aterrorizar a vizinhança.
Ana Gomes um pouco a despropósito afirma que as carências da integração social se devem à compra dos submarinos, faz uma relação que só ela entende entre as baratas ilegais e os voos da CIA e aproveita para insultar Paulo Portas.
Entretanto o Governo felicita-se pela diversidade cultural do País e pela sua aptidão para integrar harmoniosamente as diferenças sociais e as contribuições das diversas comunidades que nele encontraram uma vida melhor.
A formiga, entretanto, refez a vida na Suíça e está quase milionária...
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada. A cigarra está cheia de frio, não tem casa nem comida e morre de fome.
Fim
Versão portuguesa
A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas bejecas, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada.
A cigarra, cheia de frio, organiza uma conferência de imprensa e pergunta porque é que a formiga tem o direito de estar quentinha e bem alimentada enquanto as pobres cigarras, que não tiveram sorte na vida, têm fome e frio.
A televisão organiza emissões em directo que mostram a cigarra a tremer de frio e esfomeada ao mesmo tempo que exibem vídeos da formiga em casa, toda quentinha, a comer o seu jantar com uma mesa cheia de coisas boas à sua frente.
A opinião pública tuga escandaliza-se porque não é justo que uns passem fome enquanto outros vivem no bem bom. As associações anti pobreza manifestam-se diante da casa da formiga. Os jornalistas organizam entrevistas e mesas redondas com montes de comentadores que comentam a forma injusta como a formiga enriqueceu à custa da cigarra e exigem ao Governo que aumente os impostos da formiga para contribuir para a solidariedade social.
A CGTP, o PCP, o BE, os Verdes, a Geração à Rasca, os Indignados e a ala esquerda do PS com a Helena Roseta e a Ana Gomes à frente e o apoio implícito do Mário Soares organizam manifestações diante da casa da formiga.
Os funcionários públicos e os transportes decidem fazer uma greve de solidariedade de uma hora por dia (os transportes à hora de ponta) de duração ilimitada.
Fernando Rosas escreve um livro que demonstra as ligações da formiga com os nazis de Auschwitz.
Para responder às sondagens o Governo faz passar uma lei sobre a igualdade económica e outra de anti descriminação (esta com efeitos retroactivos ao princípio do Verão)..
Os impostos da formiga são aumentados sete vezes e simultaneamente é multada por não ter dado emprego à cigarra. A casa da formiga é confiscada pelas Finanças porque a formiga não tem dinheiro que chegue para pagar os impostos e a multa.
A formiga abandona Portugal e vai-se instalar na Suíça onde, passado pouco tempo, começa a contribuir para o desenvolvimento da economia local.
A televisão faz uma reportagem sobre a cigarra, agora instalada na casa da formiga e a comer os bens que aquela teve de deixar para trás.
Embora a Primavera ainda venha longe já conseguiu dar cabo das provisões todas organizando umas "parties" com os amigos e umas "raves" com os artistas e escritores progressistas que duram até de madrugada. Sérgio Godinho compõe a canção de protesto "Formiga fascista, inimiga do artista...
.
A antiga casa da formiga deteriora-se rapidamente porque a cigarra está-se nas tintas para a sua conservação. Em vez disso queixa-se que o Governo não faz nada para manter a casa como deve de ser. É nomeada uma comissão de inquérito para averiguar as causas da decrepitude da casa da formiga. O custo da comissão (interpartidária mais parceiros sociais) vai para o Orçamento de Estado: são 3 milhões de euros por ano.
Enquanto a comissão prepara a primeira reunião para daí a três meses, a cigarra morre de overdose.
Rui Tavares comenta no Público a incapacidade do Governo para corrigir o problema da desigualdade social e para evitar as causas que levaram a cigarra à depressão e ao suicídio.
A casa da formiga, ao abandono, é ocupada por um bando de baratas, imigrantes ilegais, que há já dois anos que foram intimadas a sair do País mas que decidiram cá ficar, dedicando-se ao tráfego da droga e a aterrorizar a vizinhança.
Ana Gomes um pouco a despropósito afirma que as carências da integração social se devem à compra dos submarinos, faz uma relação que só ela entende entre as baratas ilegais e os voos da CIA e aproveita para insultar Paulo Portas.
Entretanto o Governo felicita-se pela diversidade cultural do País e pela sua aptidão para integrar harmoniosamente as diferenças sociais e as contribuições das diversas comunidades que nele encontraram uma vida melhor.
A formiga, entretanto, refez a vida na Suíça e está quase milionária...
Caros Amigos, Cá vai um importante contributo, para que o Ministro das Finanças não continue a fazer de nós parvos, dizendo com ar sonso que não sabe em que mais cortar. Acabou o recreio !!!!!!!!!!!!!!! Este texto vai circular hoje e será lido por milhares de pessoas. A guerra contra a chulisse, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso. Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar. Nenhum governante fala em: 1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República. 2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
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DEPUTADOS NO REINO UNIDO...!
Não é de estranhar, mas é interessante saber...como tudo é diferente.........!
Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos",
1 . não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias);
detalhe: e pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer trabalhador;
4 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento.
E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública.
Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo. A propósito, sabiam que, em Portugal, os funcionários não deputados que trabalham na Assembleia têm um subsidio equivalente a 80 % do seu vencimento? Isto é, se cá fora ganhasse 1000,00 € lá dentro ganharia 1800,00 €. Porquê? Profissão de desgaste rápido? E por que é que os jornais não falam disto?
Porque têm medo? Ou não podem? Divulguem, passem é bom saber.
Não é de estranhar, mas é interessante saber...como tudo é diferente.........!
Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos",
1 . não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias);
detalhe: e pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer trabalhador;
4 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento.
E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública.
Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo. A propósito, sabiam que, em Portugal, os funcionários não deputados que trabalham na Assembleia têm um subsidio equivalente a 80 % do seu vencimento? Isto é, se cá fora ganhasse 1000,00 € lá dentro ganharia 1800,00 €. Porquê? Profissão de desgaste rápido? E por que é que os jornais não falam disto?
Porque têm medo? Ou não podem? Divulguem, passem é bom saber.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Claro!É a chamada "Nova Ordem Mundial", Basta procurar um pouco na NET e encontramos muito sobre isto. Cada vez mais seremos explorados até uma minoria dominar o mundo através do poder económico. Como contrariar isto? De momento não é possivel, porque todos olhamos demasiado para o nosso umbigo, todos pensamos que podemos vir a ter um bom emprego, todos pensamos que podemos vir a ser ricos. Realidades estas cada vez mais distantes. Lamento pelos mais novos. Se o mundo continuar a existir a sobrevivencia vai passar por regressar à agricultura de subsistencia.Quem produz tem que comer quem não produz não tem! (Afinal andamos cá apenas para comer e beber... tudo o resto é secundário) Até ai vai haver muito desperdicio, vai haver fome, irão ser cada vez mais os roubos e consequentementes as mortes. Porque as mentalidades não se mudam de um dia para outro, neste contexto as mentalidades só se mudam com a necessidade. Acho que espertos e com visão antecipada são os que abandonaram a cidade e estão a mudar radicalmente para o campo!
Os arautos da transparência...
Os arautos da transparência, têm como adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas, que se veio agora a saber ter 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação, tendo tido como sócios, Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado.
Como clientes tem a Ren, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros entre outros.
Nada obsceno para quem é adjunto de PPC!
E não é que o bom do Moedas até comprou as participações dos ex-sócios para "oferecer" o bolo inteiro à mulher???!!!!. Disse ele à Sábado.
Não esquecer ainda que o Carlos Moedas é um dos homens de confiança do Goldman Sachs, a cabeça do Polvo Financeiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.
Também o António Borges é outro ex-dirigente do Goldman e que agora está a orientar(!?!?) as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc.
Adoro estes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para os seus negócios.
Lamentavelmente, a política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que ja todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê o seu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos. Vale a pena lembrar uma vez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc. apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única. Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores. Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido. Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com prejuízo para os seus clientes).
Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece corn a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras. Desde a crise financeira de 1929 que o Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos. Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.
No que toca a canibalização económica de um país a fórmula é simples: o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse pais. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.
Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.
A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente. Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações. Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc. fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), entre outros. Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs. Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias.Texto de Domingos Ferreira
Professor/Investigador Universidade do Texas, EUA, Universidade Nova de Lisboa In
https://www.google.pt/search?sourceid=chrome&ie=UTF-8&q=Os+arautos+da+transpar%C3%AAncia%2C+t%C3%AAm+como+adjunto+do+primeiro-ministro
Os arautos da transparência...
Os arautos da transparência, têm como adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas, que se veio agora a saber ter 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação, tendo tido como sócios, Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado.
Como clientes tem a Ren, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros entre outros.
Nada obsceno para quem é adjunto de PPC!
E não é que o bom do Moedas até comprou as participações dos ex-sócios para "oferecer" o bolo inteiro à mulher???!!!!. Disse ele à Sábado.
Não esquecer ainda que o Carlos Moedas é um dos homens de confiança do Goldman Sachs, a cabeça do Polvo Financeiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.
Também o António Borges é outro ex-dirigente do Goldman e que agora está a orientar(!?!?) as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc.
Adoro estes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para os seus negócios.
Lamentavelmente, a política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que ja todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê o seu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos. Vale a pena lembrar uma vez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc. apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única. Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores. Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido. Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com prejuízo para os seus clientes).
Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece corn a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras. Desde a crise financeira de 1929 que o Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos. Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.
No que toca a canibalização económica de um país a fórmula é simples: o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse pais. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.
Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.
A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente. Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações. Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc. fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), entre outros. Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs. Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias.Texto de Domingos Ferreira
Professor/Investigador Universidade do Texas, EUA, Universidade Nova de Lisboa In
https://www.google.pt/search?sourceid=chrome&ie=UTF-8&q=Os+arautos+da+transpar%C3%AAncia%2C+t%C3%AAm+como+adjunto+do+primeiro-ministro
domingo, 8 de julho de 2012
É nosso dever divulgar
Excelente trabalho de pesquisa
http://tretas.org/VencimentoCargosPoliticos
É nosso dever divulgar as mordomias, para que mais que nunca dar espaço e fundamentos à indignação colectiva !
http://tretas.org/VencimentoCargosPoliticos
É nosso dever divulgar as mordomias, para que mais que nunca dar espaço e fundamentos à indignação colectiva !
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Carta aberta ao reitor da Universidade Lusófona
Exmo. Reitor. Foi com grande satisfação que soube que a Universidade
Lusófona conferiu uma licenciatura em Ciência Política ao Dr. Miguel
Relvas em apenas 14 meses, reconhecendo dessa forma a sua elevada
estatura intelectual. Sempre sonhei com o alargamento das Novas
Oportunidades ao Ensino Superior e fiquei muito feliz por terem dado o
devido valor à cadeira de Direito que o senhor ministro fez há 27 anos
com nota 10. Depois, naturalmente, o processo foi "encurtado por
equivalências reconhecidas" (palavras do Dr. Relvas), após análise do
seu magnífico currículo profissional.
É dentro desse mesmo espírito que vinha agora solicitar igual
tratamento para a minha pessoa. Embora seja licenciado pela
Universidade Nova com uns simpáticos 17 valores, a verdade é que o
curso levou--me quatro anos a concluir e o Jornalismo anda pela hora
da morte. Nesse sentido, e após análise da oferta disponível no site
da universidade, venho por este meio requerer a atribuição do grau de
licenciado em: Animação Digital (tenho visto muitos desenhos animados
com os meus filhos), Ciência das Religiões (às vezes vou à missa),
Ciências Aeronáuticas (já viajei muito de avião), Ciências da Nutrição
(como imensa fruta), Direito (fui duas vezes processado), Economia
(sustento uma família numerosa), Fotografia (tiro sempre nas férias) e
Turismo (visitei 15 países). Já agora, se a Universidade Lusófona vier
a ministrar Medicina, não se esqueça de mim. A minha mulher é médica,
e tendo em conta que eu durmo com ela há mais de dez anos, estou certo
de que em seis meses posso perfeitamente ser doutor.
Respeitosamente
,João Miguel Tavares
Exmo. Reitor. Foi com grande satisfação que soube que a Universidade
Lusófona conferiu uma licenciatura em Ciência Política ao Dr. Miguel
Relvas em apenas 14 meses, reconhecendo dessa forma a sua elevada
estatura intelectual. Sempre sonhei com o alargamento das Novas
Oportunidades ao Ensino Superior e fiquei muito feliz por terem dado o
devido valor à cadeira de Direito que o senhor ministro fez há 27 anos
com nota 10. Depois, naturalmente, o processo foi "encurtado por
equivalências reconhecidas" (palavras do Dr. Relvas), após análise do
seu magnífico currículo profissional.
É dentro desse mesmo espírito que vinha agora solicitar igual
tratamento para a minha pessoa. Embora seja licenciado pela
Universidade Nova com uns simpáticos 17 valores, a verdade é que o
curso levou--me quatro anos a concluir e o Jornalismo anda pela hora
da morte. Nesse sentido, e após análise da oferta disponível no site
da universidade, venho por este meio requerer a atribuição do grau de
licenciado em: Animação Digital (tenho visto muitos desenhos animados
com os meus filhos), Ciência das Religiões (às vezes vou à missa),
Ciências Aeronáuticas (já viajei muito de avião), Ciências da Nutrição
(como imensa fruta), Direito (fui duas vezes processado), Economia
(sustento uma família numerosa), Fotografia (tiro sempre nas férias) e
Turismo (visitei 15 países). Já agora, se a Universidade Lusófona vier
a ministrar Medicina, não se esqueça de mim. A minha mulher é médica,
e tendo em conta que eu durmo com ela há mais de dez anos, estou certo
de que em seis meses posso perfeitamente ser doutor.
Respeitosamente
,João Miguel Tavares
quinta-feira, 5 de julho de 2012
prémio para um ópio do povo
Assim recebi, assim reencaminho
Exmo. Sr. Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva,
o meu nome é Catarina Patrício, sou licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, fiz Mestrado em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sou doutoranda em Ciências da Comunicação também pela FCSH-UNL, projecto de investigação "Dissuasão Visual: Arte, Cinema, Cronopolítica e Guerra em Directo" distinguido com uma bolsa de doutoramento individual da Fundação para a Ciência e Tecnologia. A convite do meu orientador, lecciono uma cadeira numa Universidade. Tenho 30 anos.
Não sinto qualquer orgulho na selecção de futebol nacional. Não fiquei tão pouco impressionada... O futebol é o actual opium do povo que a política subrepticiamente procura sempre exponenciar. A atribuição da condecoração de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique a jogadores de futebol nada tem que ver com "a visão de mundo" (weltanschauung) que Aquele português tinha. A conquista do povo português não é no relvado. Sinto orgulho no meu percurso, tenho trabalhado muito e só agora vejo alguns resultados. Como é que acha que me sinto quando vejo condecorado um jogador de futebol? Depois de tanto trabalho e investimento financeiro em estudos?!! Absolutamente indignada.
Sinto orgulho em muitos dos professores que tive, tanto no ensino secundário como no superior. Sinto orgulho em tantos pensadores e teóricos portugueses que Vossa Excelência deveria condecorar. Essas pessoas sim são brilhantes, são um bom exemplo para o país... fizeram-me e ainda fazem querer ser sempre melhor. Tenho orgulho nos meus jovens colegas de doutoramento pela sua persistência nos estudos, um caminho tortuoso cujos resultados jamais são imediatos, isto numa contemporaneidade que sublinha a imediaticidade. Tenho orgulho até em muitos dos meus alunos, que trabalham durante o dia e com afinco estudam à noite....
São tantos os portugueses a condecorar...
e o Senhor Presidente da República condecorou com a distinção de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique jogadores de futebol... e que alcançaram o segundo lugar... que exemplo são para a nação? Carros de luxo, vidas repletas de vaidades... que exemplo são?!
apresento-lhe os meus melhores cumprimentos,
Catarina
Exmo. Sr. Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva,
o meu nome é Catarina Patrício, sou licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, fiz Mestrado em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sou doutoranda em Ciências da Comunicação também pela FCSH-UNL, projecto de investigação "Dissuasão Visual: Arte, Cinema, Cronopolítica e Guerra em Directo" distinguido com uma bolsa de doutoramento individual da Fundação para a Ciência e Tecnologia. A convite do meu orientador, lecciono uma cadeira numa Universidade. Tenho 30 anos.
Não sinto qualquer orgulho na selecção de futebol nacional. Não fiquei tão pouco impressionada... O futebol é o actual opium do povo que a política subrepticiamente procura sempre exponenciar. A atribuição da condecoração de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique a jogadores de futebol nada tem que ver com "a visão de mundo" (weltanschauung) que Aquele português tinha. A conquista do povo português não é no relvado. Sinto orgulho no meu percurso, tenho trabalhado muito e só agora vejo alguns resultados. Como é que acha que me sinto quando vejo condecorado um jogador de futebol? Depois de tanto trabalho e investimento financeiro em estudos?!! Absolutamente indignada.
Sinto orgulho em muitos dos professores que tive, tanto no ensino secundário como no superior. Sinto orgulho em tantos pensadores e teóricos portugueses que Vossa Excelência deveria condecorar. Essas pessoas sim são brilhantes, são um bom exemplo para o país... fizeram-me e ainda fazem querer ser sempre melhor. Tenho orgulho nos meus jovens colegas de doutoramento pela sua persistência nos estudos, um caminho tortuoso cujos resultados jamais são imediatos, isto numa contemporaneidade que sublinha a imediaticidade. Tenho orgulho até em muitos dos meus alunos, que trabalham durante o dia e com afinco estudam à noite....
São tantos os portugueses a condecorar...
e o Senhor Presidente da República condecorou com a distinção de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique jogadores de futebol... e que alcançaram o segundo lugar... que exemplo são para a nação? Carros de luxo, vidas repletas de vaidades... que exemplo são?!
apresento-lhe os meus melhores cumprimentos,
Catarina
quarta-feira, 4 de julho de 2012
PARABÉNS BRASIL ! ! !
Leiam com cuidado... e atenção!!! E digam-me... SE ELES CONSEGUEM, PORQUE É QUE NÓS NÃO CONSEGUIREMOS MORALIZAR A NOSSA CLASSE POLÍTICA, PRINCIPALMENTE OS NOSSOS DEPUTADOS DAS ASSEMBLEIAS NACIONAL E REGIONAIS?
UMA LEI DESTAS É HISTÓRICA.... SEJA EM QUE PAÍS FôR!!!
Lei de Reforma do Congresso de 2011 (emenda da Constituição do Brasil)
PARABÉNS, BRASIL!
A Lei da Ficha Limpa foi promulgada e aprovada rapidamente. Por que ? O povo exigiu , e a meu ver, a Presidenta...quis.
Lei de Reforma do Congresso de 2011 (emenda da Constituição do Brasil)
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá aposentadoria proveniente somente pelo mandato.
2. O Congresso contribui para o INSS ( Instituto Nacional do Seguro Social ). Todo o fundo (passado, presente e futuro) atual no fundo de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
3. Congresso deve pagar para seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.
5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde como o povo brasileiro.
6. Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem o povo brasileiro.
7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.
Ficha Limpa é uma lei brasileira originada de um projeto de lei de iniciativa popular que reuniu mais de 2 milhões de assinaturas.
O Projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados no dia 5 de maio de 2010 e também foi aprovado no Senado Federal no dia 19 de maio de 2010 por votação unânime. Foi sancionado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010.[1] Esta lei proíbe que políticos condenados em decisões colegiadas de segunda instância possam se candidatar.
Leiam com cuidado... e atenção!!! E digam-me... SE ELES CONSEGUEM, PORQUE É QUE NÓS NÃO CONSEGUIREMOS MORALIZAR A NOSSA CLASSE POLÍTICA, PRINCIPALMENTE OS NOSSOS DEPUTADOS DAS ASSEMBLEIAS NACIONAL E REGIONAIS?
UMA LEI DESTAS É HISTÓRICA.... SEJA EM QUE PAÍS FôR!!!
Lei de Reforma do Congresso de 2011 (emenda da Constituição do Brasil)
PARABÉNS, BRASIL!
A Lei da Ficha Limpa foi promulgada e aprovada rapidamente. Por que ? O povo exigiu , e a meu ver, a Presidenta...quis.
Lei de Reforma do Congresso de 2011 (emenda da Constituição do Brasil)
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá aposentadoria proveniente somente pelo mandato.
2. O Congresso contribui para o INSS ( Instituto Nacional do Seguro Social ). Todo o fundo (passado, presente e futuro) atual no fundo de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
3. Congresso deve pagar para seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.
5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde como o povo brasileiro.
6. Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem o povo brasileiro.
7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.
Ficha Limpa é uma lei brasileira originada de um projeto de lei de iniciativa popular que reuniu mais de 2 milhões de assinaturas.
O Projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados no dia 5 de maio de 2010 e também foi aprovado no Senado Federal no dia 19 de maio de 2010 por votação unânime. Foi sancionado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010.[1] Esta lei proíbe que políticos condenados em decisões colegiadas de segunda instância possam se candidatar.
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007), teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura atenta
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !
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