Pelos vistos, a palavra xulo não existe por AQUELAS bandas.... DEPUTADOS NO REINO UNIDO...!
Não é de estranhar, mas é interessante saber... como tudo é diferente...
Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos",
1 . não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias) -
Detalhe: e pagam, por todas as suas=0 despesas, normalmente, como todo e qualquer trabalhador! -;
4 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento;
5. E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública!
Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo.
A propósito, sabiam que, em Portugal, os funcionários não deputados que trabalham na Assembleia têm um subsídio equivalente a 80 % do seu vencimento?
Isto é, se cá fora ganhasse 1000,00 €, lá dentro ganharia 1800,00 €. Porquê? Profissão de desgaste rápido???
E por que é que os jornais não falam disto? Porque têm medo? Ou não podem?
domingo, 24 de novembro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Assim não
Assim não
João Vieira Pereira
10:25 Quarta feira, 16 de outubro de 2013
Dizem que a noite é uma boa conselheira. Foi com essa esperança que deixei para hoje uma primeira análise ao Orçamento do Estado. Infelizmente hoje acordei com a mesma sensação que este não é o orçamento possível, este é o orçamento da incompetência. Não me canso de perguntar. Onde está a reforma do Estado? Aquela anunciada como obrigatória por este Governo e entregue a Paulo Portas para a fazer? Onde está o redesenho das funções do Estado, o fecho de institutos, a reestruturação das empresas públicas? Eu procurei, procurei e apenas encontrei um garrote. É como irmos ao médico tratar uma grave doença do coração e sair de lá com uma perna amputada.Este é o orçamento anti-Função Pública. Dos cortes indiscriminados, da redução cega de prestações e dos novos aumentos de contribuições e de mais impostos. Não existe uma estratégia apenas a necessidade de cortar e cortar. O espelho da incompetência de um Governo, de um vice-primeiro-ministro e no limite de um primeiro-ministro. O pior é que este orçamento até poderá servir para o objetivo de Portugal conseguir voltar aos mercados. Porque reduz como nunca a despesa do Estado e mostra que o Governo está empenhado em conseguir. Mas não corrige nada. Assim que volte a haver dinheiro repõem-se os cortes e tudo volta ao mesmo. Ao Estado ineficiente, gordo e sem estratégia. A reforma do Estado que devia estar neste orçamento resumiu-se a usar a Função Pública como saco de porrada do défice. Assim não.
cIn www.expresso.pt de 16-10-13.
João Vieira Pereira
10:25 Quarta feira, 16 de outubro de 2013
Dizem que a noite é uma boa conselheira. Foi com essa esperança que deixei para hoje uma primeira análise ao Orçamento do Estado. Infelizmente hoje acordei com a mesma sensação que este não é o orçamento possível, este é o orçamento da incompetência. Não me canso de perguntar. Onde está a reforma do Estado? Aquela anunciada como obrigatória por este Governo e entregue a Paulo Portas para a fazer? Onde está o redesenho das funções do Estado, o fecho de institutos, a reestruturação das empresas públicas? Eu procurei, procurei e apenas encontrei um garrote. É como irmos ao médico tratar uma grave doença do coração e sair de lá com uma perna amputada.Este é o orçamento anti-Função Pública. Dos cortes indiscriminados, da redução cega de prestações e dos novos aumentos de contribuições e de mais impostos. Não existe uma estratégia apenas a necessidade de cortar e cortar. O espelho da incompetência de um Governo, de um vice-primeiro-ministro e no limite de um primeiro-ministro. O pior é que este orçamento até poderá servir para o objetivo de Portugal conseguir voltar aos mercados. Porque reduz como nunca a despesa do Estado e mostra que o Governo está empenhado em conseguir. Mas não corrige nada. Assim que volte a haver dinheiro repõem-se os cortes e tudo volta ao mesmo. Ao Estado ineficiente, gordo e sem estratégia. A reforma do Estado que devia estar neste orçamento resumiu-se a usar a Função Pública como saco de porrada do défice. Assim não.
cIn www.expresso.pt de 16-10-13.
Bem pensado!
Daniel Oliveira 8:00 Quarta, 16 de Outubro de 2013 Em 2011, José Sócrates avançou com o corte de 3,5% a 10% nos salários dos funcionários públicos acima de 1500 euros brutos. Muito a custo, o Tribunal Constitucional aprovou a medida. Avisando que apenas o fazia por duas razões: porque era transitória (na verdade é "transitória" desde então) e porque, sendo o valor mínimo de 1500 euros, isso era aceitável. Porque os cortes estavam "dentro dos limites do sacrifício que a transitoriedade e os montantes da redução ainda salvaguardam". Em 2012, o TC voltou a recordar que a medida era transitória. No mesmo ano, o TC chumbou a suspensão dos dois subsídios. Mas numa solução um pouco estranha, a inconstitucionalidade determinada pelo TC não teve efeitos práticos. Em 2013, o TC volta a aceitar a medida transitória dos cortes acima de 1500 euros, mas desta vez com um aviso ainda mais claro: "o decurso do tempo implica um acréscimo de exigência ao legislador no sentido de encontrar alternativas que evitem que, com o prolongamento, se torne claramente excessivo para quem o suporta", acrescentando que "o tratamento diferenciado dos trabalhadores do sector público não pode continuar a justificar-se pelo carácter mais eficaz das medidas de redução salarial". Em tribunal-constitucionalês isto quer dizer: a medida era transitória e o facto de ser fácil ir sacar dinheiro aos salários dos funcionários públicos não os pode transformar em mealheiro do governo. Para deixar tudo ainda mais claro, o TC chumbou de novo a suspensão dos subsídios mas desta vez obrigou o Estado a devolver o que, como os juízes já tinham dito, nem poderia ter sido retirado no ano anterior. No Orçamento de Estado para 2014, aquilo para o qual o TC pedia que fossem encontradas alternativas é repetido. Mas em muito pior. Em vez do limite inferior de 1500 euros, ele passa para 600 euros. Em vez do corte máximo de 10%, ele passa para 12%. Sendo muito menos progressivo do que os cortes anteriores, o valor máximo começa logo nos 2000 euros brutos, que passam de um corte de 3,5% para um corte 12%. O que afetava menos de metade dos funcionários públicos passa afetar 90%. Não é preciso ser bruxo para desconfiar que, depois de tudo o que disse e de todos os avisos que deixou, muito dificilmente os juízes do Constitucional deixarão passar esta medida. Ela é, mais ainda do já fora a repetição da suspensão dos dois subsídios, uma inacreditável provocação ao Tribunal Constitucional. E é evidente que os juízes terão toda a razão em impedir estes cortes. A ver se nos entendemos: os funcionários públicos, que sofreram o mesmo agravamento fiscal sentido por nós todos, passaram a descontar mais para a ADSE (única medida com a qual concordo, por ser voluntária), sofreram o anterior corte até 10% e já tiveram a perda de dois subsídios em 2012. Com esta medida, o seu salário é ainda mais maltratado. Pegando num exemplo que nem é dos piores, um funcionário público que recebesse 1600 euros limpos em 2010 vai receber 1350 euros limpos em 2014, isto já com um dos subsídios diluídos no salário. Perde 4500 euros por ano. É um ¼ do seu salário líquido. Não há, que eu saiba, nada de parecido em trabalhadores que façam parte do quadro de empresas e com salários semelhantes. E sabemos como estes também não têm sido poupados à rapina. Apesar do governo estar apostado em provar o contrário, os funcionários públicos são pessoas, não são sacos de pancada. Mas ainda que se discordasse das decisões do Tribunal Constitucional, elas têm sido claras nesta matéria. E com um tribunal não se fazem negociações. Não se vai esticando a corda até ela rebentar. Cumprem-se as decisões e as recomendações e respeita-se a sua autoridade. Discorda-se, critica-se, barafusta-se. Mas cumpre-se. Partindo do princípio que há uma coerência na interpretação que os juízes do TC fazem da Constituição da República (e só a sua interpretação é vinculativa), esta proposta vai ser chumbada. Partindo do princípio que o governo não pensa que os juízes mudarão de opinião por cansaço, o governo sabe que ela será chumbada. Ou então, o que é mais grave, acredita que a pressão política interna (que o governo tem exercido) e externa (que o governo tem permitido) fará os juízes desistir das suas funções: que são apenas e só fazer cumprir uma Constituição que resulta da vontade dos que foram eleitos pelo povo, que a escreveram e alteraram sete vezes. E nem os nossos parceiros internacionais, nem qualquer memorando com eles assinado se sobrepõem à lei fundamental do País. Nem aqui, nem em qualquer Estado de Direito.A minha tese é outra: o governo não anda distraído nem é teimoso. Não se incomoda muito com a forte possibilidade desta e doutras medidas serem chumbadas. Quer, aliás, alimentar o mais que puder o conflito institucional com o Tribunal Constitucional. Para recentrar o debate na Constituição da República, e não no seu falhanço em todas as metas que se propôs cumprir (foi perturbante ver a ministra das Finanças falar dos sinais de retoma enquanto a desgraça dos números da dívida, do défice e do desemprego passavam em rodapé na televisão). Para encontrar nas "forças do bloqueio" - a Constituição e o Tribunal Constitucional - os bodes expiatórios da tragédia para onde nos está a levar. Para provar que é a nossa Constituição e não numa receita absurda, inviável e fanática que nos afunda cada vez mais nesta crise. E que é ela que impede a purificação do Estado e da economia. Não faltam jovens e velhos comentadores a fazerem coro com o governo neste discurso vigoroso contra as forças "reacionárias" que impedem o nosso progresso. A retórica revolucionária começa sempre por atacar as instituições que travam a queda de um regime decadente. Neste caso, são instituições passadistas, como o Tribunal Constitucional, que continuam a suportar os focos antirevolucionários. Mas graças ao empenho desta vanguarda esclarecida que ilumina os nossos espíritos arcaicos, é sobre as ruínas desta democracia feita de direitos adquiridos que nascerá um homem novo. Livre do Estado e das dependências que ele alimenta. Só falta a tomada do Palácio de Inverno. É uma questão de tempo. Porque, como todas as ideologias totalitárias, o "liberalismo científico" sabe que nada pode travar a marcha da história. Que inevitavelmente esmagará as forças da reação. A começar, claro, pelos esclerosados juízes do Tribunal Constitucional.
In www.expresso.pt de 16-10-13.
In www.expresso.pt de 16-10-13.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
A BROA DOS VELHOS
A broa dos velhos
Por Alberto Pinto Nogueira
A República vive da mendicidade. É crónico. Alexandre de Gusmão, filósofo, diplomata e conselheiro de D. João V, acentuava que, depois de D. Manuel, o país era sustentado por estrangeiros.
Era o Séc. XVIII. A monarquia reinava com sumptuosidades, luxos e luxúrias.
A rondar o Séc. XX, Antero de Quental, poeta e filósofo, acordava em que Portugal se desmoronava desde o Séc. XVII. Era pedinte do exterior.
A Corte, sempre a sacar os cofres públicos, ia metendo vales para nutrir nobrezas, caçadas, festanças e por aí fora….
Uma vez mais, entrou em bancarrota. Declarou falência em 1892.
A I República herdou uma terra falida. Incumbiu-se de se autodestruir. Com lutas fratricidas e partidárias. Em muito poucos anos, desbaratou os grandes princípios democráticos e republicanos que a inspiraram.
O período posterior, de autoritarismo, traduziu uma razia deletéria sobre a Nação. Geriu a coisa pública por e a favor de elites com um só pensamento: o Estado sou eu. Retrocedia-se ao poder absoluto. A pobreza e miséria dissimulavam-se no Fado, Futebol e Fátima.
As liberdades públicas foram extintas. O Pensamento foi abolido. Triturado.
O Povo sofria a repressão e a guerra. O governo durou 40 anos! Com votos de vivos e de mortos.
A II República recuperou os princípios fundamentais de 1910, massacrados em 1928.
Superou muitos percalços, abusos e algumas atrocidades.
Acreditou-se em 1974, com o reforço constitucional de 1976, que se faria Justiça ao Povo.
Ingenuidade, logro e engano.
Os partidos políticos logo capturaram o Estado, as autarquias, as empresas públicas.
Nada aprenderam com a História. Ignoram-na. Desprezam-na.
Penhoraram a Nação. Com desvarios e desmandos. Obras faraónicas, estádios de futebol, auto-estradas pleonásticas, institutos públicos sobrepostos e inúteis, fundações público-privadas para gáudio de senadores, cartões de crédito de plafond ilimitado, etc. Delírio, esquizofrenia esbanjadora.
O país faliu de novo em 1983. Reincidiu em 2011.
O governo arrasa tudo. Governa para a troika e obscuros mercados. Sustenta bancos. Outros negócios escuros. São o seu catecismo ideológico e político.
Ao seu Povo reservou a austeridade. Só impostos e rombos nas reformas.
As palavras "Povo” e “Cidadão” foram exterminadas do seu léxico.
Há direitos e contratos com bancos, swaps, parcerias. Sacrossantos.
Outros, (com trabalhadores e velhos) mais que estabelecidos há dezenas de anos, cobertos pela Constituição e pela Lei, se lhe não servem propósitos, o governo inconstitucionaliza aquela e ilegaliza esta. Leis vigentes são as que, a cada momento, acaricia. Hoje umas, amanhã outras sobre a mesma matéria. Revoga as primeiras, cozinha as segundas a seu agrado e bel- prazer.
É um fora de lei.
Renegava a Constituição da República que jurou cumprir. Em 2011, encomendou a um ex-banqueiro a sua revisão. Hoje, absolve-a mas condena os juízes que, sem senso, a não interpretam a seu jeito!!!
Os empregados da troika mandam serrar as reformas e pensões. O servo cumpre.
Mete a faca na broa dos velhos.
Hoje 10, amanhã 15, depois 20%.
Até à côdea. Velhos são velhos. Desossem-se. Já estão descarnados. Em 2014, de corte em corte (ou de facada em facada?), organizará e subsidiará, com o Orçamento do Estado, o seu funeral colectivo.
De que serviu aos velhos o governo? E seu memorando?
Alberto Pinto Nogueira é Procurador-Geral – Adjunt
Por Alberto Pinto Nogueira
A República vive da mendicidade. É crónico. Alexandre de Gusmão, filósofo, diplomata e conselheiro de D. João V, acentuava que, depois de D. Manuel, o país era sustentado por estrangeiros.
Era o Séc. XVIII. A monarquia reinava com sumptuosidades, luxos e luxúrias.
A rondar o Séc. XX, Antero de Quental, poeta e filósofo, acordava em que Portugal se desmoronava desde o Séc. XVII. Era pedinte do exterior.
A Corte, sempre a sacar os cofres públicos, ia metendo vales para nutrir nobrezas, caçadas, festanças e por aí fora….
Uma vez mais, entrou em bancarrota. Declarou falência em 1892.
A I República herdou uma terra falida. Incumbiu-se de se autodestruir. Com lutas fratricidas e partidárias. Em muito poucos anos, desbaratou os grandes princípios democráticos e republicanos que a inspiraram.
O período posterior, de autoritarismo, traduziu uma razia deletéria sobre a Nação. Geriu a coisa pública por e a favor de elites com um só pensamento: o Estado sou eu. Retrocedia-se ao poder absoluto. A pobreza e miséria dissimulavam-se no Fado, Futebol e Fátima.
As liberdades públicas foram extintas. O Pensamento foi abolido. Triturado.
O Povo sofria a repressão e a guerra. O governo durou 40 anos! Com votos de vivos e de mortos.
A II República recuperou os princípios fundamentais de 1910, massacrados em 1928.
Superou muitos percalços, abusos e algumas atrocidades.
Acreditou-se em 1974, com o reforço constitucional de 1976, que se faria Justiça ao Povo.
Ingenuidade, logro e engano.
Os partidos políticos logo capturaram o Estado, as autarquias, as empresas públicas.
Nada aprenderam com a História. Ignoram-na. Desprezam-na.
Penhoraram a Nação. Com desvarios e desmandos. Obras faraónicas, estádios de futebol, auto-estradas pleonásticas, institutos públicos sobrepostos e inúteis, fundações público-privadas para gáudio de senadores, cartões de crédito de plafond ilimitado, etc. Delírio, esquizofrenia esbanjadora.
O país faliu de novo em 1983. Reincidiu em 2011.
O governo arrasa tudo. Governa para a troika e obscuros mercados. Sustenta bancos. Outros negócios escuros. São o seu catecismo ideológico e político.
Ao seu Povo reservou a austeridade. Só impostos e rombos nas reformas.
As palavras "Povo” e “Cidadão” foram exterminadas do seu léxico.
Há direitos e contratos com bancos, swaps, parcerias. Sacrossantos.
Outros, (com trabalhadores e velhos) mais que estabelecidos há dezenas de anos, cobertos pela Constituição e pela Lei, se lhe não servem propósitos, o governo inconstitucionaliza aquela e ilegaliza esta. Leis vigentes são as que, a cada momento, acaricia. Hoje umas, amanhã outras sobre a mesma matéria. Revoga as primeiras, cozinha as segundas a seu agrado e bel- prazer.
É um fora de lei.
Renegava a Constituição da República que jurou cumprir. Em 2011, encomendou a um ex-banqueiro a sua revisão. Hoje, absolve-a mas condena os juízes que, sem senso, a não interpretam a seu jeito!!!
Os empregados da troika mandam serrar as reformas e pensões. O servo cumpre.
Mete a faca na broa dos velhos.
Hoje 10, amanhã 15, depois 20%.
Até à côdea. Velhos são velhos. Desossem-se. Já estão descarnados. Em 2014, de corte em corte (ou de facada em facada?), organizará e subsidiará, com o Orçamento do Estado, o seu funeral colectivo.
De que serviu aos velhos o governo? E seu memorando?
Alberto Pinto Nogueira é Procurador-Geral – Adjunt
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Assunto: A «Burla», segundo Ângelo Correia ...
http://www.youtube.com/v/HLfOhT6GfIg&autoplay=1&rel=0
http://www.youtube.com/v/HLfOhT6GfIg&autoplay=1&rel=0
natália correia
AS PREMONIÇÕES DE NATÁLIA
"A nossa entrada (na CEE) vai provocar gravíssimos retrocessos no país, a
Europa não é solidária com ninguém, explorar-nos-á miseravelmente como
grande agiota que nunca deixou de ser. A sua vocação é ser colonialista".
"A sua influência (dos retornados) na sociedade portuguesa não vai sentirse
apenas agora, embora seja imensa. Vai dar-se sobretudo quando os
seus filhos, hoje crianças, crescerem e tomarem o poder. Essa será uma
geração bem preparada e determinada, sobretudo muito realista devido ao
trauma da descolonização, que não compreendeu nem aceitou, nem
esqueceu. Os genes de África estão nela para sempre, dando-lhe visões do
país diferentes das nossas. Mais largas mas menos profundas. Isso levará
os que desempenharem cargos de responsabilidade a cair na tentação de
querer modificar-nos, por pulsões inconscientes de, sei lá, talvez
vingança!"
"Portugal vai entrar num tempo de subcultura, de retrocesso cultural, como
toda a Europa, todo o Ocidente".
"Mais de oitenta por cento do que fazemos não serve para nada. E ainda
querem que trabalhemos mais. Para quê? Além disso, a produtividade hoje
não depende já do esforço humano, mas da sofisticação tecnológica".
"Os neoliberais vão tentar destruir os sistemas sociais existentes,
sobretudo os dirigidos aos idosos. Só me espanta que perante esta
realidade ainda haja pessoas a pôr gente neste desgraçado mundo e votos
neste reaccionário centrão".
"Há a cultura, a fé, o amor, a solidariedade. Que será, porém, de Portugal
quando deixar de ter dirigentes que acreditem nestes valores?"
"As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis. Miséria, fome,
corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo. A
Comunidade Europeia vai ser um logro. O Serviço Nacional de Saúde, a
maior conquista do 25 de Abril, e Estado Social e a independência nacional
sofrerão gravíssimas rupturas. Abandonados, os idosos vão definhar,
morrer, por falta de assistência e de comida. Espoliada, a classe média
declinará, só haverá muito ricos e muito pobres. A indiferença que se
observa ante, por exemplo, o desmoronar das cidades e o incêndio das
florestas é uma antecipação disso, de outras derrocadas a vir".
Natália Correia
Todas as citações foram retiradas do livro "O Botequim da Liberdade", de
Fernando Dacosta.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
São todos "JOVENS"
Gestores com oito cartões de crédito
Os ex-administradores da GEBALIS (empresa municipal da CM Lisboa) Francisco Teixeira, Clara Costa e Mário Peças receberam, entre Fevereiro de 2006 e Outubro de 2007, oito cartões de crédito daquela empresa municipal. O limite de crédito atribuído àqueles ex-gestores oscilou entre cinco mil euros e dez mil euros por mês. O despacho de acusação do Ministério Público, a que o CM teve acesso, diz que, 'no início do mandato, a cada um dos arguidos foram fornecidos cartões de crédito', apesar de haver 'uma omissão legal e dos próprios Estatutos da Gebalis [sobre essa regalia]', segundo o relatório da Polícia Judiciária.
A Francisco Ribeiro, ex-presidente da Gebalis, foram dados, segundo o despacho de acusação, três cartões de crédito: um do BES com limite de 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros. Mário Peças, ex-vogal da empresa, teve também três cartões de crédito: um do BES com 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros. Já Clara Costa contou com um cartão de crédito do BES com um limite de crédito de 7500 euros e outro do Millennium bcp com cinco mil euros. À excepção do cartão de crédito do BPI atribuído a Mário Peças, todos os cartões tiveram vários números e diferentes datas. 'Com os respectivos cartões de crédito em seu poder, cada um dos arguidos decidiu que os utilizaria para pagamento das despesas relativas a refeições suas e com amigos e outras pessoas de cujo convívio poderiam beneficiar no seu percurso profissional, político ou financeiro, quer nos dias de trabalho, quer em férias ou fins-de-semana, quer, ainda, no decurso de viagens ao estrangeiro', precisa o despacho de acusação do Ministério Público. Ontem, Clara Costa manifestou a sua 'total inocência'. REFEIÇÕES De Março de 2006 a Outubro de 2007, Clara Costa gastou 11 530 euros em refeições com o cartão de crédito. 40 145 euros foi a despesa de Mário Peças em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito. 12 738 euros foi o gasto de Francisco Ribeiro em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito. REFEIÇÕES EM RESTAURANTES DE LUXO MÁRIO PEÇAS RESTAURANTE DATA/HORA VALOR Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 11-02-2006 / 17h12 134,50 euros+10,5 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 05-03-2006 / 17h09 304,40 euros + 25,6 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 29-04-2006 / 15h10 233.55 euros + 16,45 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 21-05-2006 / 16h05 237.75 euros + 12,25 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 10-06-2006 / 15h20 217.60euros + 12,4 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 13-06-2006 / 15h32 261.70 euros + 18,3 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 09-07-2006 / 15h37 253.20 euros + 16,8 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 27-08-2006 / 15h23 247.85 euros + 22, 55 euros de gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 11-11-2006 / 16h56 372.35 euros + 27,65 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 25-11-2006 / 16h25 305.40 euros + 24,6 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 14-01-2007 / 16h35 281.20euros + 38,8 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 05-05-2007 / 16h25 325 euros + 25 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 13-06-2007 / 16h01 287.30 euros + 22,7 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 29-09-2007 / 14h43 251.45 euros + 28,55 euros gratificação Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 20-10-2007 / 16h11 310.85 euros + 29,15 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 01-12-2006 / 16h09 223.50 euros + 16,5 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 04-12-2006 / 15h58 142 euros + 18 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 14-12-2006 / 16h42 471.20 euros + 28,8 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 05-01-2007 / 15h27 206.50 euros +23,5 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 29-01-2007 / 16h52 262.50 euros + 27,5 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 01-03-2007 / 15h36 212.50 euros + 17,5 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 08-03-2007 / 15h42 225 euros + 25 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 10-03-2007 / 15h04 180.890 euros + 39,1 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 27-03-2007 / 21h50 147 euros + 15 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 28-03-2007 / 14h54 185.30 euros +14,7 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 18-04-2007 / 16h00 458.60 euros + 21,3 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 25-05-2007 / 14h59 318 euros +32 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 12-06-2007 / 22h52 206.90 euros + 13,1 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 25-07-2007 / 15h13 129.40 euros + 15 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 01-08-2007 / 16h06 209.40 euros + 10,6 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 28-08-2007 / 15h25 167.60 euros + 15 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 29- 08- 2007 / 14h56 141 euros + 19 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 18-09-2007 / 15h56 217.30 euros + 22,7 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 17-10-2007 / 15h38 151 euros Varanda da União s/ data 106 euros + 9 euros gratificação Varanda da União 20-02-2006 137.75 euros + 12,25 euros gratificação Varanda da União 16-03-2006 212 euros + 18 euros gratificação Varanda da União 29-05-2006 141.50 euros + 13,5 euros gratificação Varanda da União 26-06-2006 90 euros + 10 euros gratificação Varanda da União 30-10-2006 817 euros + 53 euros gratificação Varanda da União 29-11-2006 112 euros + 13 euros gratificação Varanda da União 18-12-2006 223.25 euros + 21.75 euros gratificação Varanda da União 10-04-2007 204 euros + 16 euros gratificação Varanda da União 17-04-2007 110 euros + 10 euros gratificação Varanda da União 10-08-2007 153.25 euros + 16.75 euros gratificação António do Barrote 03-08-2006 125.95 euros + 14.05 euros gratificação António do Barrote 17-08-2006 208.95 euros + 11.05 euros gratificação António do Barrote 18-01-2007 144.50 euros + 15.5 euros gratificação António do Barrote 13-03-2007 188.85 euros + 21.15 euros gratificação António do Barrote 29-05-2007 160.85 euros + 14. 15 euros gratificação Sabores, Artes, Imagens (Parque das Nações) 01-09-2006 96.10 euros + 8,9 euros gratificação Sabores, Artes, Imagens (Parque das Nações) 07-09-2006 65 euros + 5 euros gratificação Restaurante o Terreiro do Paço 31-10-2006 213.30 euros + 11,7 euros gratificação O Nobre 02-11-2006 190 euros + 9,12 euros gratificação O Nobre 13-11-2006 149.30 euros + 10.7 euros gratificação Jardim Visconde da Luz (Cascais) 05-11-2006 198.90 euros + 11,1 euros gratificação Restaurante A Gondola 15-11-2006 105.30euros + 24.7 euros gratificação Atanvá 30-11-2006 89.70 euros + 5,3 euros gratificação Atanvá 29-03-2007 194.70 euros + 25.3 euros gratificação Atanvá 30-07-2007 62.20 euros + 17,8 euros gratificação Atanvá 16-08-2007 62.30 euros + 7,7 euros gratificação Atanvá 27-08-2007 72.55 euros + 7,45 euros gratificação Atanvá 28-08-2007 114.50 euros + 10.5 euros gratificação Atanvá 13-09-2007 152.90 euros + 17,1 euros gratificação Atanvá 11-10-2007 56.80 euros + 8,2 euros gratificação Antavá 23-10-2007 73.55 euros + 6.45 euros gartificação Restaurante Paberesbares 12-12-2006 131.50 euros + 13.5 euros gratificação Restaurante Paberesbares 03-10-2007 113 euros + 17 euros gratificação Restaurante O Cortador 13-12-2006 152.20 euros + 17,8 euros gratificação O Jacinto 15-12-2006 125 euros + 15 euros gratificação O Jacinto 17-12-2006 98.95 euros + 10.05 euros gratificação O Jacinto 11-04-2007 158.65 euros + 11.35 euros gratificação Tico Tico 11-03-2007 97.95 euros + 12.05 euros gratificação A Laurentina 13-04-2007 61.20 euros + 13.8 euros gratificação Taberna Ibérica 04-06-2007 199.60 euros + 20.4 euros gratificação O Mercado do Peixe 14-06-2007 160.68 euros + 17.32 euros gratificação Le Petit 26-07-2007 68.20 euros + 6.8 euros gratificação O Polícia 22-08-2007 152.20 euros + 17,8 euros gratificação Casa Gallega 16-08-2007 227.90 euros + 7.1 euros gratificação Marisqueira Cais Sodré 19-09-2007 89.10 euros + 10.9 euros gratificação Belcanto 27-09-2007 102 euros + 13 euros gratificação Belcanto 24-10-2007 77 euros + 8 euros gratificação 1º Direito 04-10-2007 57 euros + 6 euros gratificação O Galito 29-10-2007 57.55 euros + 7.45 euros gratificação Ritz Four Seasons (Lisboa) 20-07-2006 321.75 euros + 28.25 euros gratificação Ritz Four Seasons (Lisboa) 25-01-2007 110 euros Sete Mares 16-04-2007 510.45 euros + 39.55 euros gratificação Sete Mares 25-07-2007 251.25 euros + 18.75 euros gratificação Vela Latina 31-03-2006 99.60 euros + 11,4 euros gratificação Tertúlia do Paço 20-03-2006 112.20 euros + 7.8 euros gratificação Restaurante XL 27-03-2006 106.05 euros + 8.95 euros gratificação Gambrinus (Luxo) 08-05-2007 / 15h43 170.10 euros + 14,9 euros gratificação Restaurante Paberesbares s/ data 130.50 euros +9.5 euros gratificação Varanda da União 06-09-2006 102.25 euros + 7.75 euros Este jovem come caro. E muito, não Vos parece?????? FRANCISCO RIBEIRO Francisco Ribeiro efectuou pagamentos de refeições, utilizando cartões de crédito do BES (...) a partir de 31-05-2007 (...), do BPI (...) a partir de Setembro de 2007 (...) e Millenium (...) a partir de Março de 2007, num valor mensal aproximado e distribuídos pelos seguintes números de dias: Mês Nº dias Valor/Mês
Março 06 13 794,00 euros
Abril 06 13 415,28 euros Maio 06 10 321,35 euros Junho 06 14 675,43 euros Julho 06 13 302,19 euros Agosto 06 8 629,29 euros Setembro 06 14 729,27 euros Outubro 06 9 297,98 euros Novembro 06 8 163,41 euros Dezembro 06 4 295,00 euros Janeiro 07 4 158,00 euros Fevereiro 07 6 245,00 euros Março 07 7 508,00 euros Abril 07 10 839,00 euros Maio 07 13 1100,00 euros Junho 07 13 610,00 euros Julho 07 8 770,00 euros Este outro, parece mais frugal!!!!!!!!!!!............. |
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